REVOLUÇÃO ANÁRQUICA ESPIRITUALISTA

Recentemente convidamos todos a participar de uma revolução anárquica espiritualista. Com isso nos tornamos responsáveis por todos aqueles que aceitarem o convite. Por isso precisamos ajudá-los na identificação dos alvos e na mira perfeita. Só assim eles poderão vencer essa batalha e viverem uma existência em paz, harmonia e felicidade

É isso que vamos fazer nesse blog. Em cada postagem um alvo e uma munição para vencer a batalha contra o mundo.


quarta-feira, 28 de agosto de 2019

O VÍCIO É O FUMO

Participante: me desculpe, estou ouvindo o senhor falar e algumas coisas estão me tocando, mas há algo que me incomoda: ver o senhor fumar. Falar de vício e ver o senhor fumando está me incomodando... 

 Boa colocação. Sabe porque estou fumando? Para ver se você vai usar o seu vício de achar que o cigarro não presta, que as pessoas não devem fumar...

Participante: o senhor precisa do fumo?
Não, aliás desencarnado nunca fuma. Utilizo o cigarro e o faço por dois aspectos. Primeiro: porque é a minha forma de trabalhar; o cigarro compõe a minha imagem.
Você já viu um preto velho que não fume, não use vela e não fale de uma maneira peculiar? Se estivesse falando com a voz do meu médium, se não estivesse fumando, você não acreditaria que há um espírito aqui e não ouviria minha mensagem, pois estaria preocupada em saber de onde o médium tirou as ideias que está recebendo. Portanto, o meu cigarro dá credibilidade ao que estou falando.
Segundo: uso o fumo para ver se você vai prestar atenção no meu cigarro ou na minha mensagem. Como minha mensagem é no sentido de lhe aproximar de Deus e como o meu cigarro está lhe trazendo incômodo, posso dizer que você está trocando Deus pelo vício em não ter que fumar...

Participante: estou dizendo isso porque não combina falar de vício e fumar.
Sim, realmente não combina. Por quê? Porque vocês acham que fumar é um vício. Só que aquele que não quer que outro fume também está viciado em alguma coisa: no não poder fumar. Aliás, sabia que pode se fumar sem ter vício, sem depender do cigarro? Eu uso o cigarro sem depender dele para nada.
Agora, será que você é capaz de me provar que não é viciado em não fumar? Acho que não, porque está sentindo-se incomodado com o meu fumo. Só que por precisar que as pessoas não fumem, você está com a mente desviada da busca de Deus que estamos conversando. Necessidade é uma coisa, fazer é outra.
O que estou falando não é para não fazer ou que tem que fumar, mas para se libertar da necessidade de que os outros não fumem. Sendo assim, continue achando que não devo fumar, mas liberte-se da necessidade de não me ver fumando para poder falar em vício. O que estou dizendo é que se você acha que deve ser responsável pelos seus pais, seja, mas não sinta-se obrigada a ser.
Se você fuma, fume, mas não sinta-se obrigado a fumar. Fumar é uma coisa, ser viciado em fumar é outra. Beber é uma coisa, ser viciado em bebida é outra. Achar que as pessoas não devem fumar é uma coisa, mas ser viciado em não ter que fumar, não poder fumar, é outra coisa.

DECEPÇÃO

Cristo continua ensinando no mesmo trecho que destacamos: Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando. Isso. O que quis dizer com isso?

Participante: Ele quis dizer que os fariseus estavam dividindo ao invés de estarem juntos.
Mas, o que quis dizer com a afirmação ‘quem não é a meu favor é contra mim’? Lembre-se que ele acabou de dizer que não se pode dividir uma casa. Como agora afirma que há alguém contra?
Aí tem uma grande lição um grande ensinamento. Cristo não está falando do reino de Deus, mas da forma como vocês vivem. Não é assim que vivem?
Participante: sim. Quem não concorda comigo é meu inimigo.
Isso.
Ou seja, quando alguém faz o que eu quero, a aceito; quando não faz, torna-se minha inimiga. É esse o ensinamento que está aí. Para vocês não existe o meio termo: ou é a favor ou contra.
O ideal seria que conseguissem conviver com os outros dentro do amor como já conversamos: dar ao próximo o direito de ser, estar e fazer o que quiser. Mas, isso é impossível para a mente humana. Apesar disso, não pode conviver com pessoas no meio termo: usando as pessoas no momento que convêm. 
É isso que Cristo está querendo dizer. A posição daquele que que quer ser feliz deve ser a consciência de que quem não é a favor é contra. Só que de acordo com o amor que ele ensinou, é preciso amar o inimigo.
Ou seja, o feliz precisa ser radical na rotulagem dos outros, mas apesar disso deve respeitar, amar, o outro. Deve dar ao próximo o direito de crer, ser, estar e fazer o que quiser, mesmo que seja diferente do que ele acredita.
Por que é importante ter a consciência de que o outro é contrário a você? Decepção
O ser se decepciona com outro porque você não tem a consciência clara de que aquela pessoa é contrária às suas ideias. Por isso acha que em determinado momento a pessoa vai fazer o que você quer, o que espera. Quando não faz, vem a decepção.  
É a mesma coisa do junta/espalha. Quem não ajuda a ajuntar as coisas, espalha. Quem não ajuda a gerar uma determinada forma de vida ou atende uma determinada expectativa, acaba espalhando. Então, não espere que o outro vá lhe ajudar ajuntar nada.
É por isso que é necessário se ter a consciência de que o outro é contrário a você. Só tendo essa consciência não gerará expectativas e com isso não se decepcionará.

Participante: Jesus está acabando com a ideia de neutralidade?
Não, porque ele nunca falou para você ficar neutro.  
Ele fala de uma consciência necessária para amar. E, quando se fala em amar de qualquer jeito, não há neutralidade. Amar é uma ação, um agir sentimental. Se isso é real, quem ama não é neutro.
O que Cristo está falando é que você precisa ter a plena consciência que aquele não é a seu favor e que por isso em algum momento vai espalhar o que você está juntando. O resto é apenas conclusão da sua mente.

Participante: o que quero dizer é que ele afirma que se não está a favor, necessariamente não está contra. Não tem o nem a favor e nem contra?
Não. A favor ou contra algo é subjetivo. Isso existe, mas não está ligado a esse trecho.
Na verdade, o que o mestre quer com esse ensinamento é que você compreenda que precisa estar preparado naquela relação para que o outro não faça o que quer ou espera dele. Que você esteja atento durante o relacionamento e não entre nele como um bobo, despreparado para a contrariedade.
O que Cristo ensina é que precisa amar e respeitar como já conversamos, mas apesar disso estar prevenido para uma possível contrariedade, pois na hora que você começar a juntar, o outro pode espalhar.
Participante: atento!
Atento, prevenido. Prevenido não para brigar, mas prevenido emocionalmente para não sofrer.

Participante: você já falou sobre isso.
Já conversamos muito sobre isso. Aliás, tudo que conversamos até hoje foi a partir dos ensinamentos da Bíblia e dos outros mestres. .

POSSE DOS OUTROS

Participante: como superar o sentimento de posse em relação há uma pessoa?

Aprendendo o que é posse, que ela não adianta nada, que não existe outra pessoa, que os atos que quer dominar através da posse são indomináveis, que os atos acontecem e para que eles acontecem. Aliás, é exatamente disso que estamos falando.

Participante: gostaria que o senhor colocasse essa questão na prática, no dia a dia. 
Dê um exemplo de posse?
Participante: posse de uma pessoa.
Me dê um exemplo de posse de uma pessoa.
Participante: vou dar um exemplo que me ocorre agora: não querer que a pessoa saia sozinha.
Perfeito. Pergunto: porque ela não pode sair sozinha?
Participante: vou lhe colocar na situação. Tenho medo que ela olhe para outras pessoas e se envolva com elas.
Primeiro, quem é você para mandar nos outros? Quem é você para comandar a vidas dos outros? Quem é você para determinar quem pode sair ou a hora que pode sair?

Participante: essas questões fazem parte da posse.
Sim. Quando age assim, o que está fazendo?
Participante: querendo comandar a vida de outra pessoa.
Querendo que ela aja diferente.
Participante: querendo identificar o carma, querendo provoca-lo.
Não, querendo que ela aja da forma que você quer. 
Participante: isso.
Agora eu lhe faria uma pergunta? Ela agiu daquela forma porque é fruto do livre arbítrio dela, não é isso? Não é assim que você encara o que os outros fazem?
Participante: certo.
Posso, então, dizer que você não quer que ela exerça o livre arbítrio dela, não posso?
Participante; certo
Quem deu esse livre arbítrio àquela pessoa?
Participante: Deus.
Você acha que pode tirar o que Deus deu?
Participante: acho.
É exatamente isso.
É dessa suposta supremacia que pode tirar a lógica para se libertar da posse. Precisa compreender que ao agir com posse está querendo ser melhor que Deus. Precisa compreender que está querendo ser um tirano, um déspota. Só assim pode dizer para si: ‘o errado não é ela querer ser sair, mas sim eu porque quero mandar nela. Estou errado porque quero tirar o que Deus deu a ela’. 
Começou a compreender?
Participante: sim.

Segundo aspecto da sua posse: não quero que ela saia porque vai olhar para outro. Sim, isso pode acontecer, mas olhar tira pedaço?
Participante: olhar foi uma forma de expressão. A preocupação da gente é que não fique só nisso.
Preocupado em a perder.
Participante: sim. Perder para outra pessoa.
Mas, tudo nessa vida é temporário. Por isso, não se trata de lutar para ficar com a pessoa, o que precisa lutar é contra o seu individualismo que quer possuir tudo.
Veja o que estamos falando. É pela compreensão do que é na verdade o individualismo, a posse, do que ela representa para a realidade do universo que você pode compreender que ao invés de obriga-la a ficar com você, precisa lutar contra si mesmo.
Segundo, acabamos de descobrir que o pensamento que vier não será seu. Será dado por Deus através de espíritos. Por isso, pouco adianta prender alguém. Você tranca uma pessoa dentro de casa e se tiver que ser ela lhe trai dentro de casa.
São esses argumentos que vão servir você analisar o seu raciocínio e poder dizer: ‘para. Ao invés de ficar como uma besta sofrendo querendo mudar o outro, vou lutar contra mim mesmo, contra a minha possessão. 

Participante: acho que sempre que queremos dominar alguém acabamos por ser dominados por nosso apego por aquilo que queremos dominar. Da mesma forma que o policial guarda uma cela para que o ladrão não fuja, também estamos igualmente presos.
Perfeito. É por isso que o Paulo diz: Cristo veio lhe trazer a verdadeira liberdade.
Sou casado com uma mulher, mas não sou o dono dela. Se quiser ir para outro, que vá. Foi assim que Cristo viveu. 
Essa é a verdadeira liberdade. Ela existe quando me liberto de mim mesmo. Quando me liberto da minha posse, da minha verdade que cria a posse. Não adianta ficar lutando contra a vida, porque se for seu carma ser traído, vai ter que viver isso. Só que para isso precisa entender carma, Deus como Causa Primária, universalismo.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

O PASTOR E O DÍZIMO

Participante: tem também a situação dos dízimos. Pastores vendem na televisão um pedaço de papel ungido, terreno no céu, tijolo abençoado. Sei que o dinheiro é deles e podem fazer o que quiserem, mas o caso é que chega a ser revoltante ver este tipo de exploração, pois nestes cultos existem pessoas com pouco ou nenhum grau de instrução. Enchem a cabeça das pessoas com mentiras, põem medo, falam em castigo, em inferno e assim retiram o dinheiro delas. Ouço muitos comentários das pessoas a esse respeito e muitas se revoltam.

Começo a minha resposta lhe pedindo para observar um detalhe que não expôs. Diz que ouve muitos comentários com revoltas por causa da forma dos pastores agirem, mas lhe garanto que nenhum desses comentários é de pessoas evangélicas. Porque será? Porque os evangélicos não falam a mesma coisa dos seus pastores? Talvez porque aceitem o que acontece por fazer parte da sua fé. Sendo assim, quem é você para dizer que elas estão erradas?
Outra pergunta que lhe faço. Você não age da mesma maneira que os pastores, não é mesmo? Não estou falando em tirar dinheiro dos outros, mas querer impôs a sua vontade a alguém: você faz isso? Com certeza também não ameaça a ninguém impondo medo para que as pessoas sigam o que acredita como certo, não é mesmo?
Você não conversa com os outros criando histórias que colocam o medo de um resultado desastroso para que eles possam pensar como você? Claro que sim. Todos quando querem impor a sua verdade a primeira coisa que fazem é inventar um destino sofredor para o que o outro quer fazer. ‘Isso vai dar errado, você vai se machucar’.
Desculpe, você está criticando os pastores, mas faz a mesma coisa que eles. Como, então os critica? Leva as pessoas na boa fé a acreditarem nas suas verdades, no que imagina que sabe, não é mesmo? Porque você pode, eles não ...
É essa hipocrisia da mente, não é sua, que vocês precisam estar atento. Quando é para ela levar vantagem, diz que é certo agir daquela forma, mas quando quem lucrar não for você, ela dirá que é uma ação errada, que se trata de enganar os outros.
Tenho certeza de que se fosse pastor, faria a mesma coisa. Tenho certeza de que se fosse evangélico iria dar o seu dízimo, mesmo que lhe faltassem coisa por conta disso, com um sorriso no rosto. Porque? Porque sua mente diria que isso era o certo de ser feito.
É o que acabei de responder: nunca vou encontrar um fator externo quando se trata de perder a paz. Tudo está no seu mundo interior, pois a causa da perda da paz sempre surge do trabalho que a razão humana faz. Tudo que você descreveu e tudo que qualquer um descrever como errado nas religiões ou em qualquer outro assunto, são ideias que a mente critica porque não está levando vantagem individual. Se levasse, não criticaria. Tudo em que haja um ganho individual aparentemente não é considerado errado pela mente humana, mesmo que outras considerem dessa forma.
Portanto, a preocupação que fala que tem, é hipocrisia. Volto a dizer: não estou lhe chamando de hipócrita. É a sua mente que é. É ela que trabalha com hipocrisia.
A sua pergunta está vinculada ao caso da corrupção que já conversamos. O ser humanizado facilmente aponta o político corrupto, mas ela mesmo é corrupta, pois busca levar vantagens indevidas com um bem público. Eu acho que deveriam bater palmas para os políticos, pois com a corrupção deles roubam muito dinheiro, enquanto que você se vendem por quaisquer dez tostões.
É isso que estou falando. Precisamos parar com a ideia de que existem argumentos que mereçam que percamos a paz por eles. Isso não existe. O mesmo argumento que é usado para acusar os outros é usado para defender as ideias são a respeito de algo que lhe traga benefício.
Então, você deve trabalhar o que acabou de afirmar em si mesmo ao invés de compactuar com a ideia de sentir alguma revolta por este fato. Ela é antinatural, não faz parte do amor universal.
Mais uma coisa. Essa mesma pergunta me foi feita há quinze anos atrás. Falaram do evangélico e do pastor e eu respondi que era o carma de cada um. A pessoa então me perguntou como ficava o pastor que roubava o dinheiro. Eu disse: isso é entre ele e Deus. O Pai não deu procuração a ninguém para julgá-los.
Um último detalhe. Saiba que existem pessoas que vão a esses cultos e dão o seu último tostão, mas tem mais fé do que a maioria dos espiritualistas. Tem mais confiança e entrega a Deus do que aquele que acredita que conhece os segredos do universo.
Quem que está aproveitando mais a encarnação? Ele que ficou sem tostão ou você que viveu a revolta por conta do que sabe? É isso que precisam pensar. Se não mudarem a forma de ver o mundo, se não mudarem o seu mundo interior, não há trabalho pela paz que resista. Viverá em sofrimento eterno.
Não estou falando em sofrer só nesta vida, pois no mundo espiritual também existem evangélicos que pagam o dízimo. Sendo assim, continuará sofrendo. Além disso, essa sua questão de ser justo, de aplicar a justiça, também continuará quando sair da carne. Por este motivo, irá para o mundo dos devas para caçar pastores e tentar convertê-los.

AJUDANDO UM DOENTE

Quanto à sua segunda questão, como você pode ajudar aos outros, a resposta é a seguinte: a única ajuda que podemos dar a qualquer um é ajudar as pessoas a estar em paz com a vida que têm.
No seu caso, você lida com pessoas com doenças graves e nós não podemos prometer cura à ninguém. Porquê? Porque o que cura não é o médium nem o trabalho espiritual, mas a fé de cada um. ‘A sua fé lhe curou’, ensinou Cristo. Por isso não posso prometer cura a ninguém.
A cura, é claro, depende tanto da fé como quanto do livro da vida de alguém. Se não estiver escrito, não haverá cura. No entanto, a fé pode ajudar a curar o sofrimento pela doença. Nesse caso, a pessoa estará curada, mesmo tendo a doença.
Por isso, se uma pessoa está doente, tenho que ajudá-la a estar em paz com a sua doença. Quanto isso acontecer, não existe mais o mal, mesmo havendo a doença.
O importante é sabermos que morrer todos vão. Uma hora ou outra, de um jeito de outro, todos vão. Aliás, é a única coisa absoluta nesse mundo. O resto é tudo relativo.
Por isso o problema não é ter uma doença, mas estar doente espiritualmente, ou seja, sofrendo por ter uma doença. É essa a cura que Cristo promete. Já falamos disso em outros estudos.
Por isso, o meu recado à você é dizer: durante o trabalho sempre ficam pessoas esperando, antes ou depois da intervenção; para esses faça um trabalho para ajuda-los a estar em paz com a sua doença. Isso é a nossa parte no trabalho do grupo que você pertence. Por isso, vamos fazer a festa do ano novo no final de setembro aí.
Nesse momento quero ter uma reunião só com os trabalhadores justamente para mostrar primeiro a importância do trabalho de passar a paz e segundo ajuda-los a dar essa paz. Aliás, como estamos fazendo em São Carlos. É a mesma coisa.
Estou falando em dar a paz independente da cura. Como se faz isso? Mostrando que a morte é inevitável, seja por essa doença ou por outra. Por isso, é preciso que o ser esteja em paz com a possibilidade de morrer. Esse é o segredo.
Dar paz a um doente é colocá-lo em paz com a possibilidade de morrer. O doente não sofre por causa da doença, mas por causa da possibilidade da morte.
Esse sofrimento acontece porque ninguém convive com a possibilidade da morte diariamente. Ninguém acorda com a ideia de que aquele pode ser seu último dia. Por isso se esforce a viver aquele dia profundamente. Ninguém acorda assim. Por isso, esse é o trabalho forte que precisa ser feito com os doentes: o trabalho de estar em paz com a sua doença, com a sua possibilidade de morte.

A ELEVAÇÃO PLANETÁRIA


Participante: existe mesmo o astro intruso? Aquele planeta descrito por Ramatis, através de Hercílio Maes, que passará próximo à Terra e sugará as negatividades deste planeta e também sugará muitos espíritos inferiores.

Essa pergunta já me foi feita. Vou responder de novo para você e quem ouviu àquela hora vai ver que estamos falando uma coisa só.
Existirá a transferência de espíritos que não poderão continuar vivendo no planeta terra. Espíritos individualistas sairão do planeta e irão habitar um novo. Isso é realidade. Agora se essa transferência será feita através de um planeta que vai passar, de uma nave espiritual, não sei; cada um fala o que quiser.
Sabe por que não existe planeta nem nave? Porque toda forma é maya. É uma forma de se condensar fluido universal.
Portanto, tanto faz se você acha que é um planeta ou o que é uma nave. O que precisa entender é que espíritos serão deslocados através da condensação do fluido universal sob alguma forma daquilo que é chamado de Terra para outro planeta.
Ficou clara a resposta?

Participante: por qual motivo esses espíritos sairão do planeta?
Porque o planeta vai mudar o sentido da encarnação nele.
Hoje encarnam no planeta Terra os espíritos que vivem no mundo de provas e expiações. A partir do novo tempo, nova Jerusalém, Era de Aquário, os espíritos que aqui encarnarão viverão no mudo de regeneração. Esse novo mundo é uma nova forma de encarnação, uma nova etapa na evolução espiritual.
Aqueles que continuarem individualista, ou seja, aqueles que não souberem viver no mundo de regeneração, não poderão continuar aqui. Por isso serão transferidos. Diria melhor, serão agrupados de acordo com o seu padrão vibracional em um novo planeta.
Agora, para compreender isso, precisamos entender que o planeta não existe como formação rochosa, mas sim como um espaço espiritual que tem como finalidade servir a espíritos no processo de elevação. Hoje a Terra, essa condensação de fluido universal que você chama de Terra, existe para a finalidade de provas e expiação. A partir de um determinado momento existirá com a finalidade de receber espíritos que estarão encarnando para a regeneração.

Participante: dizem que já estamos nessa nova era. É por esse motivo que estão tendo tantas manifestações da natureza como os tsunamis e os tremores de terra?
Não estamos na nova era; estamos no processo de mudança de uma para outra. Ainda estão nascendo espíritos para provas e expiações, mas também outros para regeneração.
O que está acontecendo nos dias de hoje é o apocalipse bíblico, que é o processo de transformação. Mas, esses acontecimentos físicos não são a característica desse tempo. Eu diria que a característica do processo de transformação é que os espíritos hoje encarnados não terão uma nova oportunidade de encarnação para decidir se continuam aqui ou não. Todos os espíritos encarnados e os que estão encarnando agora estão vivendo sua última oportunidade. Isso é real.
Participante: nesse novo mundo de regeneração já existem outros espíritos que já desencarnaram?
Espíritos que viveram em mundos de regeneração e desencarnaram? Sim.
Essa mudança não acontecerá em uma hora só, ou seja, ontem era mundo de provas e expiações e amanhã será regeneração. Esse processo ainda demorará um pouco.
O mundo de regeneração é na verdade uma nova forma de viver. Quando o ser encarnado muda, mata o homem velho e deixa nascer o novo, ou seja, quando deixa de ser materialista e passa a ser espiritualista, entra no mundo de regeneração, seja em que momento for. Eu diria que, por exemplo, Chico de Assis viveu num mundo de regeneração, apesar de já ter vivido há 600 anos. Diria que Chico Xavier já viveu no mundo de regeneração, mesmo tendo desencarnado antes do fim das encarnações para provas e expiações.

Participante: e podem também ser espíritos que já viveram no mundo de regeneração de outro planeta? Não passaram dessa fase e vão reencarnar aqui novamente no mundo de regeneração. Pode acontecer isso?
Sim pode. São os exilados da capela.

Participante: digo assim, habitantes de um mundo de regeneração que repetem de ano precisam voltar ao mundo de regeneração novamente, mas só que em outro planeta.
Você fala que um ser vivia em um mundo de regeneração em um planeta aí esse lugar evoluiu e por isso ele teve que encarnar na Terra? Sim. Para o mundo de provas e expiação na Terra vieram aqueles do planeta que vocês chamam de capela.

Participante: entendi.
Veja só quem tem bairrismo, patriotismo, pátria, nação, raça, são vocês, os humanos. O espirito é universal. Por isso para ele tanto faz viver na Terra ou no cafundó do Judas. O que quer é um ambiente onde possa viver os seus carmas e conseguir a elevação espiritual.
É por isso que vocês não precisam ter medo de extraterrestres. Eles não são amantes dos planetas deles e não veem aqui para conquistar a Terra. Eles também são da terra, porque são do universo.

AJUDAR QUEM TEM MEDO DE ESPÍRITOS


Participante: como ajudar uma pessoa que tem muito medo de espíritos e não consegue nem ouvir falar disso afastando-se também da parte moral da doutrina espírita. Esclarecendo, ela tem interesse, mas muito medo.

Ame-a. Só existe uma forma de auxiliar o próximo: amando-a.
No Evangelho do Tomé, Cristo nos ensina assim: a elevação espiritual é como uma mulher que enche o seu jarro de grãos de trigo e sai andando na estrada. Só que ela não vê que o vaso está quebrado e com isso os grãos vão caindo ao longo do caminho. Esses grãos nascem porque caem livremente e não porque são jogados.
Não podemos impor nada a ninguém. Não importa se você acredita em espírito, em encarnação: nenhum conhecimento é necessário para se alcançar a elevação espiritual. Mesmo sendo ateu se pode alcançar a elevação espiritual. Basta amar a todos.
Por isso, ao invés de querer doutriná-la – falo assim porque querer mudar a verdade de alguém é querer doutriná-la – ame-a. Não a critique, não queira muda-la. Essa forma de agir será como o grão caindo na estrada, ou seja, como alimento para ela. Isso poderá ajudá-la a superar o medo.
Fico muito triste quando um religioso quer doutrinar uma pessoa. Esse age como se qualquer religião tivesse a verdade. Só existe uma verdade: Deus.
Por isso não importa se acredita ou não em espírito. Ame-a de verdade, sem criticar, sem julgar, sem querer mudá-la, que por esse amor você atrairá os outros.

DESLIGAR DE DEUS


Participante: você diz que religião é religar-se a Deus. Quando é que nos desligamos para precisar religar-se?

Quando, após o nascimento foram criados como humanos. Quando uma mamãezinha colocou uma roupinha bonitinha para que desfilasse no shopping. Quando papai e a mamãe ensinaram para o garoto que a coisa mais importante na vida é que seja doutor.
Nesses momentos foram desligados do Pai. Quando chega a maturidade, você, livre desse impulso, mas agora presa por si mesmo a materialidade, recebe, então, a informação que precisa se religar no Pai.

Participante: relacionado a pergunta sobre o desligamento, não foi Deus quem fez o afastamento ou humanização?
Sim, foi ele que fez isso acontecer na mente humana. Para que? Para que o espírito possa ter a sua prova, para que durante a encarnação possa se desligar de tudo o que o afasta Dele.
Você nasceu para fazer provas. Para provar a si que é capaz de amar a Deus acima de todas as coisas.

Participante: o ser humanizado foi criado desta forma para esta prova?
Exatamente. É isso que acebei de dizer. O desligamento de Deus no ser humano servirá como prova para o espírito.

A MEDITAÇÃO DO SER LÚCIDO


Meditar é uma coisa interessante e pouco compreendida.
Meditar não é sentar, ficar com os dedos fazendo bolinha e dizer om. Muito menos adormecer, sentado ou deitado.  Meditar é pensar o pensamento. Vocês mesmo dizem quando estão pensando ou repensando sobre algum assunto que estão meditando. Meditar é isso.
Quando Krishna diz que o homem sábio, o lúcido, deve meditar sobre si como ser universal, ou espírito, está querendo dizer que deve repensar seus próprios pensamentos a partir do seu lado espiritual e não a partir de elementos materiais. Vou dar um exemplo: você tem, a sua mente cria preocupação com a sua saúde. Ao invés de simplesmente aceitar essa preocupação, medite sobre essa questão isso a partir do ser.
O que é falta de saúde? Doença. Quem está doente? O corpo ou o espírito? Espírito não fica doente. Portanto, é o corpo que está doente e não o espírito. Quem é o corpo? Alguma coisa que não é você. Portanto, porque se preocupar com a saúde?
É isso que o homem sábio faz: medita, repensa os pensamentos criados pelo ego a partir de bases diferentes com a intenção de não aceitar a escravidão que o ego cria. Por isso, quando o ego cria um pensamento sobre doença ele medita a partir do ser e chega à conclusão que não há porque se preocupar com o seu estado físico.
Não estou dizendo que o homem lúcido não possa tomar remédio, ir ao médico, não fazer os exames. O que estou dizendo é que não deve se preocupar com a sua saúde. ‘Estou com câncer? Estou. Vou ao médico, faço exame, tomo os remédios, faço o tratamento, mas não me preocupo com isso. Por quê? Porque não sou a casca e quem está doente é ela e não eu’. ‘Ah, mas aí você pode morrer. Eu morrer? Eu já existia antes do nascimento. Por tanto, vou continuar existindo depois da morte. Por isso, porque me preocupar com ela’? Essa é a meditação que o senhor da mente faz.
A meditação do senhor da mente não é ficar sentado em um canto gritando “om” ou fingindo que está pensando enquanto está dormindo. O senhor da mente, como Buda ensina, tem atenção plena nos seus pensamentos para identificar o que não vem do ser e eliminar isso da sua realidade. Só assim, alcança a compreensão correta.



“Mesmo que viva aparentemente numa forma corporal é conveniente que o sábio medite sobre a sua identidade como ser e também sobre a unidade de tudo...”


No universo, tudo é uno, tudo está unido. A própria ciência já vem provando isso. Não existem elementos autônomos, que não sejam influenciados por outros. Tudo está interligado, unido.
Essa é uma realidade do universo e o sábio medita a partir disso, ou seja, repensa os pensamentos que criam figuras fragmentadas sobre o universo. Se ocupa em não aceitar os pensamentos que criam essa fragmentação. Essa é a meditação para ele. “ah, aquilo está me dizendo que eu sou eu e aquela é outra pessoa. Não, isso não existe. Eu e ela estamos interligados, somos unidos.”


sobre o desapego...


Repensa os pensamentos buscando o desapego. Ou seja, repensa os pensamentos se ocupando em libertar-se dos apegos contidos neles. Por estar atento a esse detalhe o homem lúcido não se deixa enrolar pelas criações do ego que geram apego.  
Mas, o que é o apego? São as posses que o ego cria: a posse material (é meu é do outro – ter uma propriedade particular); a posse sentimental (eu amo ou eu desamo); e a posse moral (eu sei, o outro está errado).
Portanto, o ser lúcido medita todos os seus raciocínios para não se escravizar a questões colocadas pelo ego que estejam ligadas a essas características. Ou seja, quando o ego coloca um pensamento, o homem lúcido vai procurar nele os elementos de possessão, para poder libertar-se da ação deles.
Onde houver um “é meu” o homem lúcido diz “não tenho nada”. Onde houver um “eu amo”, o homem lúcido pensa: “estou uno com todos, por isso não posso amar um e desamar outro”. Onde o ego colocar “eu sei”, o homem lúcido irá declarar: “só sei que nada sei”.
Essa é a meditação do homem lúcido nesses pontos, mas ainda falta outras coisas presentes no texto.


sobre a similitude que há entre o céu e o atma, onipresente substrato de tudo que parece móvel e imóvel.


O céu nesse caso é o reino do céu, o paraíso. É aquela ideia de um bom lugar para depois da vida carnal, independente de nome ou forma. O sábio medita entre a similitude desse bom lugar e a sua existência humana.
Cristo ensinou assim: “o reino do céu não está acima nem abaixo, está dentro e fora de cada um”. O Espírito da Verdade ensinou: “o reino do céu e o umbral não são lugares circunspectos”. A partir desses ensinamentos o homem lúcido sabe que o paraíso buscado já está presente aqui e agora. Não se trata de um lugar a ser alcançado.
De posse dessa consciência, o homem lúcido medita a partir a vida a partir dela. Ele está sempre pensando os pensamentos para não se prender a declarações que afirmem que há um céu a ser alcançado nem um inferno a ser vivido. Quando o pensamento gera esse tipo de declaração, o homem lúcido responde: ‘mas ego, já estou no céu, porque o céu está dentro de mim.‘ Com isso anula a ação impositiva do ego que através de percepções, emoções e pensamentos levam o ser a viver o aqui e agora como um inferno preparatório para esperar um paraíso.
Portanto, aí está, agora na íntegra, a base de raciocínio de um ser lúcido. Ele pensa a partir do ser e por isso só aceita pensamentos que tratem de desapego. Só aceita pensamentos que fundamentam tudo numa única coisa. Só aceita pensamentos que vivenciem a existência do reino do céu na Terra onde a equanimidade está presente como emoção.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

TUDO


Sempre que o investigador da Verdade fizer uma separação, por mínima que seja, no eterno infinito, aquilo que, por negligência, ele vê como separado do eterno torna-se, para ele, uma fonte de perigos.
Os egos humanos possuem uma incapacidade para administrar alguns conceitos. Entre eles destacamos aqui o termo tudo.
“TUDO – 1. A totalidade das coisas e/ou animais e/ou pessoas. 2. Todas as coisas.” (Mini Dicionário Aurélio).
Apesar da definição deste termo ser extremamente explícita, o ego humanizado não consegue operar dentro da sua máxima amplitude. Com isso, o termo passa a ser aplicado a um conjunto de elementos que se quer ver incluído no tudo enquanto outros são eliminados deste grupo.
A definição abrangente do termo, porém, não permite que isso posa acontecer. Tudo é a totalidade de todas as coisas, sejam elas objetos, elementos humanos ou animais.
Por isso, quando o termo tudo é aplicado em algum ensinamento, ele não aceita que qualquer elemento, por qualquer razão, possa ser excluído do seu campo de aplicação. Mas, não é isso que se repara quando da interpretação dos mesmos...
“1. Que é Deus? Deus é a Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas” (O Livro dos Espíritos).
O termo todas é uma variação do tudo e, portanto, com a mesma abrangência que ele possui. Sendo assim, temos que compreender que o ensinamento nos diz que Deus causa primariamente tudo que pode acontecer. Mas não é isso que os egos humanos dizem...
Eles afirmam que acreditam no ensinamento, mas que a doença, por exemplo, não está subordinada a Causa Primária, ou seja, não é fruto da ação divina. Para os egos humanos a doença é fruto da ação de uma propriedade de elementos materiais (vírus, bactérias, etc.).
Acusam aqueles que vêem nos movimentos sísmicos a Causa Primária em Deus de fanáticos. Afirmam isso porque acreditam que a causa dos abalos sísmicos são as propriedades do subsolo da Terra. Ou seja, retiram do tudo que é causado pela Causa Primária aquilo que acreditam saber como acontece. Com isso cerceiam a abrangência do termo usado pelo Espírito da Verdade.
Mas, o pior é que não podem negar desconhecimento para tal atitude, visto que o texto da pergunta 07 de O Livro dos Espíritos é bastante explícito: “Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a Causa Primária da formação das coisas? Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma Causa Primária.”
Outra coisa que os egos humanizados separam como não pertencendo a causa primariamente a ação de Deus é a própria atividade humana (pensar e agir). Porém, mais uma vez não podem alegar ignorância, pois o texto da pergunta nove do mesmo livro não deixa dúvidas: “Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as outras inteligências? Tendes um provérbio que diz: vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater”.
Deus é a Causa Primária de toda atividade humana, já que os seres humanos estão incluídos no “tudo” utilizado pelo Espírito da Verdade. Kardec, que não fez distinções para o “tudo” do ensinamento, compreendeu isso: “Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe dêem” (O Livro dos Espíritos – comentários à pergunta 09).
Deus é tudo e tudo é Deus...
Se todas as coisas originam-se primariamente na ação divina, podemos, então, afirmar que todas as coisas (objetos, pessoas, animais e acontecimentos) são emanações do próprio Deus.
Todas as coisas...
No entanto o ego humanizado continua incluindo neste conceito apenas o que ele quer, o que acha certo, bonito, bom. Deus não é apenas o que cada um acha que Ele é, mas sim tudo o que existe. Não importa a opinião de ninguém a respeito de quaisquer coisas: aquilo é uma emanação de Deus, é Causado Primariamente por Ele e, portanto, é Ele.
Mas, o ego humano não consegue captar esta Realidade... Apesar de todos os ensinamentos que dizem a mesma coisa, ele continuará gerando grupos de tudo que contenham apenas aquilo que ele quer que esteja presente.
O ego jamais irá mudar, ou seja, compreender a amplitude do tudo, porque ele não existe para ser perfeito, mas para gerar as provações necessárias ao ser universal (espírito) que está ligado a ele. Por isso continuará sempre excluindo do tudo aquilo que o espírito precisa despossuir.
Compete, então, ao espírito ligado a ele, agir contra esta consciência, ou seja, não aceitar como real as separações que ele faz. Este é o trabalho da reforma íntima, este é o caminho para se aproximar de Deus.
Enquanto o espírito aceitar como real as distinções que o ego cria estará afastado do Criador, pois não vivenciará a Real Causa Primária de todas as coisas.

OBRIGAÇÃO


Participante: Meu caso específico e particular. Eu não posso entrar no meu serviço sem sapato e o sapato realmente aperta muito o meu pé. Como fazer?

A pergunta é interessante. Você não pode entrar no seu trabalho descalça e aí o sapato aperta o seu pé. Por que? Porque você gostaria de estar sem sapato, pois se sente bem descalça.
Então, com o desejo agindo e a lei bloqueando a realização dele, o sofrimento ocorre inexoravelmente. Na hora que você se conscientizar de que é impossível estar ali sem sapato e eliminar o desejo de, naquele momento, estar descalça, anulará o desejo.
Silencie o ego que naquele momento está lhe dando o desejo de ficar descalça dizendo para ele que quando estiver fora dali tirará o sapato, mas que naquele momento é impossível. Deste jeito você não sofrerá.
Participante: Eu já fiz isso, não deu certo. Acho que a única solução é comprar sapato de um número maior...
A conversa com o ego deve ser feita através do coração (sentimentalmente) e não através da mente (racionalmente). É alterando-se o sentimento que com que se vive o momento, ou seja, aprendendo a amar a tudo e a todos (formação da “consciência amorosa da ação”) que se submete os desejos emanados pelo ego à realidade.
Quando você vivencia aquele momento sentindo-se coagida a andar de sapato (como você mesmo disse “eu sou obrigada a andar calçada no meu trabalho”) ainda sofrerá. De nada adianta querer falar com o ego racionalmente: o que precisa ser alterado é o sentimento, ou seja, ir trabalhar calçada sem sentir-se obrigada a isto. Mas, para isto será preciso que você aprenda a amar as restrições impostas pelo seu trabalho.
Quando falei em criar uma consciência amorosa de ação não disse que é amar apenas o que você gosta ou quer fazer, mas amar a tudo, inclusive as restrições impostas pelas leis. Lembre-se sempre que Cristo ensinou: se você ama apenas o que lhe ama, que vantagem leva sobre os pagãos?
Quando você ama a restrição elimina o desejo e com isto acaba o sofrimento. Sendo assim, quando você amar ir trabalhar calçada ao invés de ver nesta proibição um ato ditatorial do seu emprego e que você, como rebelde, precisa lutar contra, aprenderá a ir calçada sem sentir dor. Mas enquanto se sentir obrigada a ir, sofrerá.
Aliás, deixa dizer-lhe uma coisa: a dor não nasce no pé, mas no sentimento. Veja o exemplo de muitos que não possuem mais o pé, mas ainda sentem dor e coceira neste membro.
Observação: Que a dor é criada pelo ser humanizado mentalmente, mesmo que inconscientemente, foi conclusão que Allan Kardec chegou no estudo dos espíritos e, por isso, escreveu assim no seu “Ensaio Teórico da sensação nos Espíritos”: “O corpo é o instrumento da dor. Se não é a causa primária desta é, pelo menos, a causa imediata. A alma tem a percepção da dor: essa percepção é o efeito. A lembrança que da dor a alma conserva pode ser muito penosa, mas não pode ter ação física. De fato, nem o frio, nem o calor são capazes de desorganizar os tecidos da alma, que não é suscetível de congelar-se, nem de queimar-se. Não vemos todos os dias a recordação ou a apreensão de um mal físico produzirem o efeito desse mal, como se real fora? Não as vemos até causar a morte? Toda gente sabe que aqueles a quem se amputou um membro costumam sentir dor no membro que lhes falta. Certo que aí não está a sede, ou, sequer, o ponto de partida da dor” (Pergunta 257).
Mesmo que você compre um sapato de número maior, no seu sentimento criará a dor, porque não está indo calçada amorosamente, mas porque se sente obrigada a tanto. Portanto, o problema não é comprar um sapato de número maior, mas libertar-se emocionalmente da lei que você se escravizou.

DESEJAR


Participante: Até então havia compreendido que tínhamos que vencer os desejos. Não é bem assim? Posso até desejar, mas se não sofrer por não conseguir já me aproximo de Deus? Por exemplo, se eu desejo um carro novo, posso até continua desejando, mas se não o conseguir não devo sofrer: é isto?

Veja bem: a evolução espiritual se dá em etapas. Ninguém pula ou elimina qualquer das fases da evolução. Por isto, para se alcançar o objetivo da existência carnal (alcançar a perfeição, se elevar) tem que ser igual a preto-velho: custa a colocar o pé na frente, mas quando põe não tira.
Baseado nisto podemos afirmar que o ideal é não ter desejos, pois todos eles são condicionamentos à felicidade. Enquanto houver desejos haverá condicionamentos. Portanto, se você ainda deseja um carro, só será feliz realmente se tiver a posse deste bem: isto Krishna deixa bem claro no ensinamento dele.
Um caminho para se chegar à evolução espiritual é reconhecer que este desejo não é seu, é do ego e não alimentar à sua personalidade humana com sofrimento quando não realiza o seu desejo. Portanto, se o ego lhe dá desejos e você na mais se escraviza à realização dele para ser feliz, já colocou um “pé à frente” na elevação espiritual, mas ainda não realizou nada.
A frase que citei anteriormente como um guia para existência carnal de alguém que busca se elevar (Pai afasta de mim este cálice, mas se não foi possível que seja feita a vossa vontade) é um caminho, mas não um objetivo final de elevação espiritual. Pode até ser objetivo secundário, mas não é objetivo primário, não a finalidade da vida.
Desta forma, se você hoje conseguir ser feliz incondicionalmente tendo ou não aquilo que deseja, já começou a melhora. Agora se você ainda cria dependência da felicidade na posse das coisas, sejam elas objetos, pessoas ou acontecimentos, ainda nem começou a caminhada.
Ampliei um pouco mais o ensinamento incluindo algo mais do que o carro da sua pergunta, porque para alguns é muito fácil libertar-se da tentação de bens materiais, mas existem outros elementos com maior dificuldade de se obter esta liberdade.
Para se alcançar a elevação espiritual não basta apenas lutar contra a tentação de possuir um carro novo, mas também é preciso lutar contra a tentação de que seu filho, que é rebelde e luta contra você, se mude; que seu marido, que gosta de ir ao futebol e não passeia com você, não altere seu proceder; que o seu colega do trabalho que quer exigir um determinado padrão para execução de serviços não se mude.
Para alcançar a elevação espiritual é preciso ser feliz com todos os parâmetros que se têm nesta vida, vivendo com felicidade os acontecimentos e seus instrumentos (outras pessoas) do jeito que estão, mesmo desejando que as pessoas lhe “entendesse” e se mudassem.

INTENÇÃO DE EVOLUIR


Participante: Isto que o senhor está ensinando é incompreensível para mim. O que estou fazendo aqui se não tiver a intenção de evoluir, de melhora, de avançar? Eu não consigo entender e acho que a maioria das pessoas não consegue também. Será que não está na hora de nós entendermos ainda?

Vou lhe dizer apenas uma coisa: não venha para cá com intenção de evoluir: venha por amor a Deus. Não venha para cá: esteja aqui. Esta é a diferença.
Enquanto você vier para cá, está subtendida uma intenção individual; na hora que estiver aqui porque Deus lhe colocou aqui e pelo amor que nutre por Deus ouvir o que eu tiver que dizer, ele não entrará como cultura, mas como ensinamento, como amor de Deus.
Mas, enquanto você viver aqui, ou seja, prender à hora, ao dia, à obrigação de estar aqui, estará realizando o que quer, mas não vindo aqui com Deus. Está vindo aqui com seu individualismo.
Acho que este ensinamento ficou muito claro durante a realização de “Terceira Jornada Espiritualista” em Uberlândia quando disse para uma pessoa que havia uma psicografia a ser feita e ela não conseguiu escrevê-la. E não conseguiu porque ela esqueceu que aquela reunião não era uma aula para ela ir, mas um ato de louvor a Deus. Ela ao invés de ligar-se a Deus estava ligada nela e em mim.
Participante: A evolução espiritual, na realidade, é mais uma realização que alcançamos se agirmos em uma determinada direção. Ela não pode ser uma meta. Na realidade ela será a consequência da realização de um determinado caminho trilhado. Ou seja, a evolução espiritual será conquistada por trilhar-se determinado caminho. Até porque não se sabe também como é a evolução espiritual para cada um.
São coisas diferentes que você está falando. Primeira coisa é o que você chamou de objetivo de vida, de meta: isto é preciso ter. Não como desejo, mas como fundamento, como o que objetiva para esta vida.
Participante: O que eu entendi que o senhor falou hoje é que estamos aqui para decidir esta meta. Neste momento justamente o objetivo é decidir esta meta, que é o procurar a Deus.
Eu não diria que você nasceu para decidir isto: esta decisão você já tomou antes de encarnar. Deixe-me deixar isto bem claro, porque esta pergunta é fundamental.
Eu disse assim: você vem à carne para provar a Deus que é capaz de buscá-Lo. A partir desta afirmação você me diz que esta encarnação tem como objetivo decidir buscar a Deus.
Não foi isto que quis dizer, pois você já decidiu que ia buscar a Deus antes da encarnação. Aliás, você só está na carne porque se declarou apto e decidido por Deus.
É isto que eu quis dizer quando afirmei anteriormente que todos que estão encarnados têm a condição de realizar a reforma íntima. Se você, no mundo espiritual, antes de vir para carne, não tivesse optado pela busca a Deus não estaria encarnado. A opção de buscar a Deus, portanto, você fez antes desta vida.
Depois que encarna, o que você vem fazer aqui é provar se vai manter esta opção ou não. É diferente do que tinha compreendido: você não tem que optar por Deus depois de encarnado, porque já o fez.
O que irá provar nesta encarnação é se você é um espírito “de palavra”, que cumpre seus acordos. Fora da encarnação optou por Deus e agora vai provar a Deus que tem palavra e passar por todas as tentações sem murmurar, sem abandonar o caminho estreito.
É completamente diferente do que você falou (agora vou optar por buscar a Deus ou não): esta opção você já fez antes da encarnação, senão não estaria na carne. Você agora veio provar a Deus que é capaz de manter a sua opção espiritual.
Este é o primeiro detalhe da sua pergunta. Segundo: ninguém conquista elevação espiritual, mas a recebe de Deus. Isto porque elevação espiritual é uma graça de Deus dada a você.
Posso lhe dizer que a elevação espiritual é recebida quando você atinge um estado de inércia espiritual. Não estou falando de inércia material, ou seja, praticar atos.
Quem se eleva espiritualmente continua praticando atos físicos, mas não tem atividade espiritual, ou seja, não exerce o livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal.
Quem consegue receber a elevação espiritual é porque silenciou o poder adquirido por ter se alimentado do fruto da árvore do conhecimento, ou seja, ele não escolher mais entre o “certo” e o “errado”, o “bom” ou o “mal”.
Quem vive desta forma está preso unicamente na frequência do amor. Ele Não tem atividade espiritual, ou seja, não fica mudando de frequência sentimental (gostar ou não gostar, satisfazer-se ou não).
Isto é a elevação espiritual, ou seja, um estado de espírito que é dado ao ser humanizado pela graça de Deus. Mas, você só chegará a esta frequência quando provar a Deus que é um homem de palavra e Ele lhe levar a esta frequência.
O desejo de atingir esta frequência ainda é um trabalho numa frequência “muito mais baixa” que a do amor universal. Você precisa eliminar o desejo para poder ser levado por Deus para a frequência do amor.
Então, são duas coisas na sua pergunta. Agora, uma coisa é fundamental ser compreendida em tudo isto: você é capaz de receber de Deus esta graça.
O fator mais importante para tanto, optar por Deus, você já realizou, porque o fato de estar na carne comprova que se sentiu capaz de provar a Deus que saberia honrar a sua opção.
É baseado nesta realidade que muitos apóstolos falam em viver para honrar a Deus, mas na verdade é viver para honrar a sua opção por Deus que fez antes da encarnação.
No entanto, chega na carne você não honra a sua palavra: opta pelo seu individualismo, pelo prazer, pela satisfação, por ser o “dono do mundo”.

NEGAR A HUMANIDADE


Participante: não posso negar minha humanidade.

Não estou dizendo que deva negar ser humano, mas sim negar que o humano é obrigado a fazer isso ou aquilo. Negar que o humano precisa de qualquer coisa.
Durante essa conversa usei o exemplo do celular. Vou voltar a ele para vocês verem como o sistema humano sustenta o vício.
Já repararam quanta novidade tecnológica está surgindo com relação aos celulares? A cada dia novos aparelhos e sistemas aparecem. O que acontece com você? ‘Eu preciso ter esse novo’, ‘eu preciso o último modelo’. Vivem como se fossem dependentes de ter, como se não pudessem continuar existindo sem o aparelho novo.
Para leva-los a essa vivência, o sistema conta com os meios de comunicação, com a propaganda e com o vício dos outros. Esses elementos agem como alguém que esfrega um cigarro no nariz de uma pessoa que está querendo abandonar o hábito de fumar.
Se não negar a necessidade, entrará nessa onda. Sabe o que terá neste momento? O que Krishna chama de perturbação mental: enquanto não conseguir ter estará perturbado mentalmente pelo ter que ter. Esse é o mesmo processo que ocorre com o viciado na droga quando não a tem.
O que estou falando é de algo que sentem quando não conseguem comprar a televisão mais moderna. ‘Seria tão bom tê-la, ‘eu preciso comprá-la e não consigo’, ‘essa minha televisão está uma droga e eu não consigo comprar uma nova’. Toda essa perturbação mental ocorre internamente e vai lhe mantendo cada vez mais preso ao vício e à materialidade.
Repare: quando você está com essa perturbação mental não lembra nem de ir ao centro ou se vai busca apenas conseguir dos espíritos ajuda para conseguir o que quer e não para buscar a Deus. ’Como eu vou ao centro hoje? Estou com tanto problema na cabeça que preciso resolver. Por isso não tenho nem condições de ir ao centro’. Ou então: ‘vou ao centro para pedir ajuda para resolver este problema pelo qual me sinto responsável’.
Desculpem, mas se estou falando alguma coisa que nunca aconteceu com vocês, por favor me digam.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

AME AMAR


Como na prática amar incondicionalmente? Vou lhes explicar, mas isso não faz parte do mundo de vocês, não é para vocês. Amando o amar.
Só ama incondicionalmente quem ama amar. Quem ama o amor e não alguma coisa.
Veja a vida de Cristo. Ele não amou ninguém especificamente, nem a mãe nem os irmãos – quem são minha mãe e meus irmãos – ele amou o amar. Quem ama amar, ama a todos.
Este seria o trabalho que poderia dizer para fazer para amarem universalmente. Trata-se de aprender a amar o próprio amor. Isso porque na hora que ama o próprio amor, não importa para quem, como, porque ou quando ele exista.
Só que vocês, por estarem humanizados, não possuem esta capacidade. Isso porque estão presos à natureza humana e ela não quer amar. O que quer é usar o amor para ganhar alguma coisa.
O que vocês chamam de amor, o condicional, o humano, é aquilo que é usado pela individualidade, pela posse, pela paixão e pelo desejo além das quatro âncoras com a finalidade de ganhar, de ter alguma retribuição por amar. Tanto é assim que quando alguém faz algo contra vocês, deixam de amá-lo.
Portanto, o amor condicional é um instrumento do egoísmo e por isso precisa ser renegado. Quem não o renega está sendo egoísta. Só que como disse, a natureza humana nunca fará isso, por isso precisa trabalhar em si mesmo a questão de não amar ninguém especificamente.
‘Isso é difícil’, vocês me diriam e eu respondo: é. É duro para quem ainda quer ganhar, para quem tem paixão, desejo e apego.
Não estou dizendo que é fácil. Quando fizerem algo contra vocês ainda continuarão a sentir dor e acabarão com o amor. Isso continuará desse jeito porque quem ama o amar é tratado como bobo, como Cristo foi. É um idiota que não leva vantagem alguma e deixa placidamente os outros pisarem. É por causa disso que não conseguirão.
Eis, então a grande verdade: amar universalmente é amar o amor, e não a esse, aquele e a outro.
Só que vocês não sabem o que é o amor nem como amar, como ficou provado com o que acabei de falar, o seu trabalho para ter paz neste momento é começar a destruir a condicionalidade do amor gerado pela mente. Se não fizer isso, perderá a paz.
Que alguém me mostre um amor condicionado que trouxe paz inteira. Nem o de mãe para filho nem vice versa. Quantas vezes mães e filhos brigam e sofrem cada um para o seu lado. Porque isso? Porque vivem um amor condicionado, aquele que ainda espera que a mãe ou o filho faça determinadas coisas para que ele exista.

MERGULHE NA VIDA


O que fiz nestas conversas? O que fiz com a pessoa que me falou do seu maior problema, com quem me falou dos problemas de seus relacionamentos, sobre a questão da carreira profissional, da realização espiritual, quem tinha ansiedade por conseguir um emprego e todos os outros? O que fiz para responder as perguntas que me foram feitas?
Eu fiz vocês mergulharem em si mesmos. Para que? Porque é importante este mergulho em si mesmo? Para fugirem da superfície das afirmações mentais.
Ninguém quer morrer. Todos gostam desta vida. Só que a vivem de uma forma superficial. Não levam a sério a própria vida. Vivem na superfície dela, nas ilusões, nas mentiras que a mente conta. Vivem no que acham que está acontecendo. Não mergulham em si mesmo para descobrir o que verdadeiramente estão vivendo.
Quem me falou da ansiedade de ter um emprego acreditava que estava vivendo isso. Quem me disse que queria ajudar o próximo também. Só que como conversamos, ficou bem claro que havia alguma intenção diferente escondida. Uma pessoa vivia o medo de ficar dependente dos outros e a outra queria, realmente, é mudar as demais pessoas para aquilo que ela achava certo.
Uma coisa é bem diferente da outra. Por isso, o combate em busca de solucionar o problema que se vive é diferente. Combater o desemprego não resolve em nada a vida de quem está sem, conseguir voltar a incorporar também não. Porque?
Participante: não entendi sua colocação.
A pessoa que me disse que o seu problema era o desemprego, se não fizer o mergulho na vida, imaginará que para combater o sofrimento gerado por essa situação deveria conseguir um emprego. Só que essa forma de solucionar a questão não resolve. Porque? Porque a real motivação, o medo de se tornar dependente, continuará.
Digamos que essa pessoa consiga se empregar. Será que a ansiedade acabará? Acho que não. A mente dessa pessoa irá dizer que ela ganha pouco e que por isso não está tendo condições de ajudar o suficiente para poder assumir o posto de controle das coisas. Com isso, haverá a ansiedade de conseguir outro emprego onde ganhe mais e possa, então, dizer a todos o que é certo ou errado de se fazer.
Não importa quanto essa pessoa receba de salário: todos ganham pouco. Todos precisam de mais. Pode ser o mais rico ou o mais pobre: todos acham que precisam ganhar mais. Por isso, esta pessoa sempre terá uma agonia de encontrar um emprego onde possa, enfim, ter as condições necessárias para se sentir independente.
Por isso afirmo que o problema desta pessoa não está no desemprego, mas sim na busca pela independência. Da mesma forma, todas as demais questões que conversamos também não se tornam problemas pelos motivos aparentes, mas por alguma coisa que está oculta atrás das ideias transmitidas pelos pensamentos.
É o medo de se tornar dependente que faz a pessoa que não tem emprego sofrer e não o desemprego. É a vontade de dominar os outros para que não mandem em si que a pessoa que tem problemas de relacionamentos sofre. É a vontade de mudar os outros para o que acha certo que faz a pessoa que diz que sofre porque não ajuda o próximo.
É isso que precisam entender. O não mergulhar na vida, o não compreender o real problema que têm não lhes deixa ser feliz. Sem esse mergulho para conhecer o foco do problema, por mais que ajam sobre o que venha dele, ainda continuarão sofrendo. O que fazem hoje, o tratar a dor sem o mergulho na vida, é como alguém que tem um abscesso no braço purgando pus e só trata passando um remédio externo. Na hora, o pus seca, mas como o que o causou continua existindo, mais tarde tudo volta.
Participante: o engraçado quando mergulhamos na vida e compreendemos a origem do problema, descobrimos que ele sempre tem a ver com a questão do medo.
Sim, sempre tem a ver com o medo de perder, do desprazer, da infâmia da crítica e com a vontade de ter o oposto destas coisas. O carnegão do sofrimento humano sempre tem a ver com estas coisas, pois a razão humana é movida por estas âncoras.
Todo raciocínio é feito a partir da vontade de ter algo e do medo de não ter o que se quer. Não importa qual seja o assunto, o que move o mundo mental ao criar os pensamentos é sempre estas questões.
O medo de não ter é que lhe impulsiona a desejar ter. Por exemplo, a pessoa que me falou em ajudar o próximo não está buscando ter uma atividade espiritual por ela mesmo, mas sim pelo medo de não ter alguma coisa. Qual é este medo? Ela se demonstra quando ele diz que nasceu para fazer algo e não está fazendo. Ou seja, ele está com medo de perder aquilo que acha que nasceu para fazer. Só que ninguém pode deixar de fazer o que nasceu para realizar.
É isso que precisam entender: vocês são movido pelo medo de não ser, estar ou fazer alguma coisa. É daqui que surge a vontade de ter alguma coisa e quando este desejo não é atendido, surge, então, o sofrimento. Por isso digo que a cura do sofrimento só se dará quando o ser humanizado mergulhar dentro de si e descobrir este medo.
Isso se faz buscando a seguinte introspecção: ‘este pensamento está querendo o que’? Ao descobrir o que pensamento está querendo ganhar, automaticamente se descobre o que tem medo de perder. Quando isso acontece, é possível, então, atacar este medo e com isso o sofrimento acaba.
Não importa o que a mente esteja dizendo: ela sempre está querendo ganhar algo por medo de perder alguma coisa. O seu trabalho é sempre formado por estas questões, pois é egoísta por natureza.
Portanto, este mergulho é o caminho para acabar com problemas. Se ela lhe diz que gosta de uma pessoa, mergulhe em si mesmo e descubra o que ela ganhar com este gostar e o que ela está com medo de perder. Sem realizar este mergulho, se deixará levar pela superfície da razão, ou seja, pela história que a razão cria. Com isso o sofrimento é inevitável.
Não importa que história a mente conte, ela não é verdadeira: trata-se apenas de uma parábola. É só uma história criada para defender um interesse próprio e pelo medo de perde-lo.
A mente não quer que o marido faça os serviços de casa. O que ela quer é que o outro faça o que ela diz que deve ser feito. Com isso está objetivando manter o controle daquela pessoa. Só que ela quer manter este controle para não perder, para que o próximo não aja diferente do que quer que seja feito.
Sem este mergulho no que a mente diz, jamais conseguirão ter paz. Apenas viverão histórias que lhes levará ao sofrimento.
Uma pessoa nesta nossa conversa me disse que quer viver para o nós, pensar coletivamente. Como se faz isso? Deixando de viver para si mesmo. Quem vive apenas para ele mesmo não vive para o todo. O que é deixar de viver para o eu? É deixar de ter medo de perder alguma coisa, pois só isso termina o desejo individual de ter algo que leva o ser humanizado, que é egoísta por natureza, a não pensar priorizar a sua vontade.
Participante: isso é possível de ser feito?
Sim, mas não na mente, mas você consigo mesmo.
Se a mente quiser qualquer coisa, irá lhe impulsionar a que você queira isso. Para isso ela lhe diz: como você vai viver sem isso? Essa é a forma que ela usa para lhe dar o medo de não ter aquilo.
Eu disse à pessoa que me falou da ânsia de buscar emprego: você afirma que necessita ter um emprego, mas hoje tem um teto para se abrigar e comida para comer. Ou seja, a falta do emprego não está afetando as necessidades básicas desta pessoa. Esta conclusão devia leva-la a viver a situação do desemprego com mais tranquilidade. Só que isso não é conseguido.
Porque? Porque a mente explora essas necessidades. Não importa quais sejam, posso estar falando de casa, comida, de cigarro, de carro ou de qualquer outra coisa. Não estou falando apenas de necessidades ditas básicas: a mente sempre transforma o que deseja em necessidade básica, em algo que parece impossível continuar vivo sem ter.
Algumas coisas podem parecer para determinadas pessoas coisas supérfluas, mas para quem convive com a criação mental não parece. Alguns querem fazer uma viagem, passear. Para quem está desempregado isso parece algo fútil, mas quem recebe da sua mente este desejo não vive dessa forma. Para ele isso é uma necessidade básica, é algo que não consegue imaginar como viver sem.
Como se vive sem aquilo que a mente diz que é necessário ter? Da mesma forma que se tivesse: respirando. Para estar vivo a única coisa que vocês precisam é respirar.
Compreendem o que estou dizendo? O que precisam é tirar este valor de necessidade básica, de algo que precisam para viver, que a mente dá àquilo que ela deseja.
Por isso tenham a certeza: vocês não precisam de nada. Tudo o que a mente deseja é sempre uma história que o leva a querer ganhar algo por medo de perder alguma coisa. Por isso, não acredite no que ela diz. Esta é a forma de acabar com o sofrimento.
Você me perguntou se o que falei pode ser feito. Sim, pode. Como? Não aceitando a dependência da realização de desejos que a mente cria, sem aceitar as necessidades que ela gera. Para isso é preciso sair da superfície da vida e mergulhar profundamente neste mar e conhecer tudo o que está por trás daquelas ideias que ela cria.
Quando a mente disser que precisa de alguma coisa, responda a ela: ‘não sei se preciso’. Quando disser que se não tiver vai perder, responda: ‘se perder, perdi, mas se me prender ao que você afirma, certamente vou perder já’. Este é o trabalho que precisa realizar junto a si mesmo para poder manter-se em paz e feliz.
Pouco importa que você queria que alguma coisa aconteça ou não. A vida corre de forma independente do que você quer. Por mais que deseje ter algo ou não ter alguma coisa, a vida acontece do jeito que ela quiser. Por isso, o desejo que ela cria não vale de nada.
Acho que já sabem disso, não? São pessoas que já possuem alguma vivência das coisas da vida e já descobriram que não é porque querem algum coisa que aquilo acontece. Por terem alcançado esta compreensão, deveriam fazer este trabalho automaticamente, mas não fazem. Porque? Porque não mergulham na vida. Vivem apenas na superficialidade, presos à razão humana.
Se mergulhassem, veriam que a história do pensamento não é verdade, não é realidade. Veriam que a razão humana traz junto consigo uma busca de satisfazer o eu pelo medo de perder. É isso que precisam compreender. Se realizarem esse mergulho, não precisam de mim para lhes ajudar a vencer os seus problemas: poderiam fazer sozinhos.
Quando digo isso não estou afirmando que não mais lhes ajudarei. Estarei sempre aqui à disposição para isso. No entanto, se tivessem conseguido realizar o trabalho que estou propondo sozinhos, teriam sofrido muito menos do que sofreram até chegarem aqui e me ouvido.

A RAZÃO, SEGUNDO JOAQUIM


A razão, de acordo com as publicações do Pai Joaquim 

Promover a reforma íntima é, a partir da informação que a razão humana é falseada, avaliar tudo o que a mente cria comparando com os ensinamentos dos mestres. É verificar se as criações racionais estão consubstanciadas nos ensinamentos dos mestres ou se não encontram respaldo neles. Se isso acontece, aquela razão é falsa.

Sempre que uma ideia vier à sua mente, é necessário avaliá-la, confrontando-a com os caminhos ensinados pelos mestres. Se ela estiver de acordo, servirá para se aproximar de Deus, mas se isso não for verdade, ela deve ser mudada para que não lhe afaste da comunhão com o Pai.

Todos ensinamentos dos mestres fundamentam-se na doação, no serviço ao próximo, o que não gera lucros materiais.

A razão despoluída é aquela que é desapegada dos valores humanos. É aquela que, quando a maioria das razões humanas diz que se deve reagir a uma afronta, oferece a outra face. É aquela que, quando a razão humana diz que é preciso progredir nesta vida, lembra-se de que o primeiro no reino da Terra será o último no reino do Céu.

Para Krishna, aquele que vive com uma razão não poluída tem cara de bobo e transita entre as coisas do mundo sem apegar-se a elas. Ele tem cara de bobo porque é aquele que não quer ganhar, que não quer progredir materialmente, e que por isso muitas vezes é aparentemente passado para trás pelos outros. Mas, ele é um sábio...

MUNDO DE PROVAS E EXPIAÇÕES


Mundo de provas e expiações, como ensina o Espírito da Verdade, é uma reunião de espíritos que possuem a mesma afinidade. A afinidade caracteriza o grau de elevação dos espíritos atual é marcada pelo egoísmo pelo desejo de vencer, de obter vitórias, como está ensinado pelo Espírito da Verdade (pergunta 913 de O Livro dos Espíritos). A razão humana poluída, portanto, espelha este grau de elevação dos espíritos justamente para que eles possam provar a si mesmos que superaram esta intencionalidade. Daí eu afirmar que o trabalho de reforma íntima se marca pelo enfrentamento da razão.
Sabe, não dá para reformar nada imaginando que se é puro, certo, bom. Se fosse, porque estaria encarnando num mundo de provas e expiações? Para que se promova a reforma íntima é preciso que o ser humanizado se conscientize de que ele precisa mudar alguma coisa e esta é o egoísmo, que segundo o Espírito da verdade na pergunta 913 é o vício mais radical e que dá origem a todos os outros.
Para realizar o trabalho da reforma íntima e com isso aproximar-se de Deus e viver a felicidade que Ele tem prometido, a primeira coisa que um ser humanizado precisa fazer é conscientizar-se de sua posição no mundo dos espíritos. É preciso se conscientizar que ele está entre estes seres (afinidade) porque quer sempre ganhar, estar certo, saber o que deve ser feito. Só a partir desta conscientização pode, então, enfrentar a sua razão que é formada justamente por estas características como iremos ver.

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA


Publicado pelo amigo Lineu Fernandes


Segue o tal ''MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA'' do Joaquim:

-"De nada adianta você lutar contra o que o outro está fazendo, o que precisa é lutar contra o que você esperava que o outro fizesse."

-"Sensação é um sentimento raciocinado."

-"Em toda a sua caminhada Espiritual você não terá mais nada a fazer a não ser eliminar relativismos para chegar ao absolutismo."

-"Você vive o relativismo do sofrimento como se fosse absoluto."

-"Toda culpa surge a partir de uma verdade absoluta."
"Toda idéia que você tem das coisas é relativa porque é individual, logo, é ilusão."

-"É preciso você não acreditar e não dar valor absoluto ao que o seu ego cria."

-"Faça o que está fazendo que é o que tem que ser feito e não acrescente a essa ação uma satisfação individual ou culpa.
Toda ação é justa porque cada um serve de instrumento para dar ao próximo o que ele precisa e merece. Faça o que você fizer contra quem fizer, a ação foi justa."

-"Se os carmas não estiverem relacionados, jamais alguém praticará nem receberá a ação."

-" Quando conseguir colocar em prática algum ensinamento, não afirme que conseguiu, mas Louve a Deus e continue vivenciando a busca Universalmente para poder dar a vez para quem vem atrás."

-"Eu não deixo de dar um tapa em outra pessoa porque me acho mais fraco e tenho medo da reação, ou porque acho que não devo bater. Deixo de bater apenas porque deixei de bater."

-"Todo discurso que dá razão aos outros são apenas intencionalidades de cada um e não realidades.."

-Quando servimos ao próximo? -" Quando você não SE servir dele, quando não tem o desejo de SE satisfazer em primeiro lugar. Assim estará abandonando o individualismo para viver o Universalismo."

-'Louve a Deus por você ser do jeito que é, pois se isso não acontecesse o Universo estaria desequilibrado.
Sabia que você, não importa como seja, é o ponto de equilíbrio do Universo?"

-"A hora de receber algo ocorre apenas quando quem vai receber souber dar valor ao que está recebendo e não apenas porque ele quer."

-"Aprenda que o seu lamento é a declaração expressa de que você não concorda com a situação que Deus fez com Todo Amor e Carinho para que você pudesse evoluir."

'eu não estou preocupado com o que você faz, mas com a sua capacidade de sofrer quando faz alguma coisa...

"Quando o pensamento vier, diga: cala a boca... De tanto você repetir isso um dia o ego cala..."

"Não querer alguma coisa, Já é querer."
" Quem sabe! não ama.
Quem tem! não ama.
Amar é negar a si mesmo o direito ,de se defender."
"Deixa os outros falar, não se preocupe com isso."

" Na hora que você vive a vida sem querer saber se quer ou não, se gosta ou não, ou seja, sem intencionalidade, a sua mente e os seus pensamentos ficam em paz: sem dúvidas e sem temores.

"Quem depositar a sua confiança em algo que pode alterar ou que não seja igual para todos,está arriscado a se ferir."

''Deus é a causa primária de todas as coisas.''

"Você quer mudar no outro aquilo que você deve mudar em você."

"Você deve ser igual no direito de ser diferente."

"A única coisa real existente é Deus e sua ação."

"Quando o Espírito evoluir você acabará". Ou seja, você é a prova do Espírito, quando ele evoluir, você não terá mais serventia.

"Perdoar não é não castigar, perdoar é nem ver o erro"

"Sabe o que é que você pode alcançar nesta vida? Nada. Você é espírito, você já tem tudo"

"A vida ideal é vivida com a FÉ dos evangélicos, com a CULTURA dos espíritas dentro do DESAPEGO dos budistas e da falta de INTENCIONALIDADES dos Krishnas vivendo o maktub com o AMOR Crístico."

"Deus não escolhe o capacitado mas capacita o escolhido."

"Aprenda que o seu lamento é a declaração expressa de que você não concorda com a situação que Deus fez com Todo Amor e Carinho para que você pudesse evoluir."

"Encontrar a paz é não ver erros nas atitudes dos outros."

"A verdadeira compaixão é você ter a consciência do sofrimento que o outro está passando, mas não sofrer por isto."

" A única coisa que você tem que traçar como objetivo de vida é você alcançar a ressurreição ainda na carne, a consciência espiritual, saber-se espírito e viver esse mundo como mundo espiritual e não como um mundo material."

"Aprenda a viver com o mundo sem depender desse mundo."

..."quando aprender a viver a vida material como espírito que é - único aprendizado que o espírito pode fazer - porque todo resto é cultura inútil e vai acabar."

" O perdão é um ato amoroso porque o perdão é para acabar com o individualismo.
Se eu não lhe perdôo eu lhe exponho a uma oportunidade de você usar um sentimento individualista, e se eu lhe perdôo eu lhe dou a oportunidade de vencer esse sentimento."

Somos uma gota d’água que vem pelo rio e que precisa se incorporar ao oceano. Mas, o nosso individualismo é tão grande que temos medo sumir no oceano.
Como não podemos deixar de nos juntar ao oceano, nos transformamos em uma gota d’água que bóia no oceano dentro de um saco plástico, para não misturar com o resto. Acaba evaporando."

"Da sua declaração de expressa incompetência para viver a vida material nasce a sua competência para ser um espírito."

"A prova tem que ser no mesmo nível que você está vivendo. Se você está vivendo uma etapa de juízo final de escolha, se você vai continuar na luta humana ou se você vai passar para outra etapa, a tentação tem que ser mais forte."

"No Universo não existem culpados de nada porque se há um culpado esse culpado chama-se Deus, e se há uma culpa, a culpa é Ele amar demais os seus filhos."

"A ilusão é todo o seu trabalho mental, tudo o que você raciocina e toda conclusão que você tira sobre as coisas da vida."

"Viva o aqui e agora sem contestar o que está acontecendo, sem se preocupar em dar valores a esse aqui e agora."

"Ninguém erra, se tudo o que você faz é guiado por Deus como instrumento do carma dos outros."

"Você pode sim mudar o próximo segundo e não o segundo que já se passou."

Você só poderá ser livre quando não esperar mais nada dessa vida.

Quem tem esperanças não pode ser livre

Perder todas as esperanças é encontrar a felicidade.

"Ouse jogar fora todas as esperanças e veja a felicidade que nascerá dentro de você ."

"Quem tem esperanças não aceita o mundo como ele é."

"Se você espera que algo aconteça para ser feliz, na verdade isso é prazer."

É preciso entendermos bem isso. A situação de sofrimento, aquilo que você não gosta na sua vida, é o que mais pode lhe ajudar a alcançar a vida eterna.

"Não queira nada, e quando você não quiser nada, não vai acontecer nada que você não queira e aí você entra na mansidão."

"Ninguém evolui na mente, evolui no coração e o que você raciocina não vai para o coração."

"Fé e lógica não caminham passo à passo porque o exercício da fé é vencer a lógica e se entregar com confiança mesmo onde não há lógica."

"O exercício da fé é o exercício do retirar das coisas um resultado obvio. É o exercício de você não esperar que nada aconteça, você não prevê resultados. O exercício de você tirar completamente a sua intenção porque quem tem fé só tem uma intenção, a de servir a Deus e deixar Deus dominar a sua vida."

"Elevação Espiritual, e o que é isso senão a capacidade de vivenciar a vida com fé. Quanto mais elevado o Espírito, mais ele vivencia a fé e menos ele vivencia a lógica."

"Buscar a Deus é viver o que você tem naquele momento, com felicidade total, sem críticas e sem julgamentos."

"Você quer ser amado?
Ame, e ame sem esperar, sem julgar, sem criar valores para ser amado.
Ame e sinta-se amado a cada momento, senão jamais você vai receber amor."

"A sua consciência é que vai ditar, aquilo que você acredita é que vai servir de base para a avaliação de Deus. Não é o que você fez, é aquilo que você tem dentro de você; de nada adianta você dar comida para um pobre criticando o governo porque na verdade você está fazendo guerra contra o governo.
Deus vai julgar cada um através da sua própria consciência e através dos seus próprios valores, mais nada que isso. Não pensem em amealhar bens no céu com atos mas lutem para resgatar sua consciência do individualismo porque será isso que Deus irá analisar."

O amor é paciente e não tem pressa. Ele não vive afoito em fazer o que quer...
Quem ama não tem pressa na vida: espera o momento certo da coisa acontecer. Não quer fazer a coisa acontecer.

""Ama o teu próximo como a ti mesmo e cuida dele como a pupila de teus olhos".

" O ser humano que não trabalha (a espiritualidade) vive na ociosidade e o ócio é você viver a vida sem fé."

Quem serve ao próximo pode até não esperar, mas tem a certeza que terá um outro lugar onde alcançará o que está abrindo mão aqui.

Frases de Pai Joaquim – ATUALIZAÇÃO do Blog

"A entrega com fé nos dá a certeza de não sentirmos falta das coisas. Agora, a entrega sem fé nos leva a estar sempre vigilantes e notando a ausência daquilo."

A fé comprometida com a realização do projeto Divino, nos leva a manifestar plena confiança no Criador, mas também, a se empenhar a colocar em prática o Seu amor, que nos levam a realizar o bem ao nosso semelhante, a ponto de nos envolver numa convivência justa,fraterna e solidária...

Quando nos entregamos com fé sentimos a real felicidade de estarmos em Casa novamente...

" O problema não é o que você faz, o problema é a intencionalidade que você coloca no que Deus faz."

"O pensamento.
A historinha que vem na sua cabeça nada mais é do que uma materialização do seu sentimento.
Quer saber o que você está sentindo? É só você estudar essa historinha..."

"Só existe uma única estrutura; aceita sua vida dentro das bem aventuranças para subir à Deus, e para chegar neste lugar é preciso abrir mão de outro caminho...abandone tudo que é seu, inclusive a sua vida".

"Viver não é uma atividade física, mas viver é uma atividade mental e espiritual. Precisamos parar de querer dominar o que fazemos e começarmos a querer dominar o que pensamos - aí começaremos a aprender a viver".

"Só Deus sabe com que intenção ele faz as coisas".

"Nós seremos julgados por Deus pela capacidade de amá-lo".

"Dar um tapa com amor é diferente de dar um tapa com raiva".

"Não podemos ser religiosos hoje e amanhã deixar de ser".

"Dedique-se a Deus em sacrifício; suas vontades e seus desejos. Pare de viver para si e viva para Deus".

"Você só vai a Deus através do livre arbítrio".

"Jesus Cristo jamais lutou para se defender, aceitou e viveu a vontade de Deus sem a paixão humana".

"Não é o que você faz, mas como você faz".

"Jesus Cristo veio dar a real interpretação da lei".

"A única formula para você se alterar é você viver a situação de sofrimento com felicidade porque isso traz a paciência".

"Viver a vida sem fé é ócio".

"A ressurreição é você sair da carne com o perfeito entrosamento com a realidade".

"Toda religião é perfeita, se algum religioso não é... problema dele".

"Fé é confiança e entrega total, ela está acima da lógica".

"Temos o direito de ter casa, carro, família, mas não podemos nos escravizar à estas coisas".

"Não podemos satisfazer a Deus e a nós mesmos".

"O ser humanizado interpreta e cria leis sempre a seu favor, mesmo que, aparentemente, isto não salte aos olhos.
Então, o hábito de usar a lei para julgar o outro constitui em duas ações individualistas: a primeira quando acreditou no seu certo e a segunda quando julgou os outros por ela."

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