Participante: Orgulho, inveja, então somos nós que atraímos? É difícil mudar...
Não é você que atrai: é você que cria... Você – o seu ego, a razão da sua personalidade humana – é que cria sentir-se invejada, sentir-se melhor do que os outros. Você cria, não atrai...
Veja, quando a sua razão diz que alguém lhe inveja, esta forma de sentir não está no outro, mas trata-se de uma valorização que o seu ego gerou para o que percebeu – a ação que aconteceu. Foi você que viu inveja no que o outro fez.
Este é o processo de ação do ego: ele percebe ações e cria sensações (sentimentos substanciados por razões) que valoriza o que é percebido. Portanto, foi o seu ego que disse que o outro lhe invejou e não ele que vivenciou isso. Mas, este processo não é “errado”, mas sim um instrumento carmático.
O ego, ao criar a sensação de ter sido invejado, na verdade está gerando uma oportunidade para que o espírito possa provar a si mesmo que já abandonou alguma posse. Senão vejamos...
Porque alguém lhe invejaria? Certamente porque você acha que possui alguma coisa que esta pessoa não tem... Claro... Ninguém inveja quem não tem, não é mesmo? Sendo assim, se você se sentiu invejada é porque ainda se acha melhor, se acha possuidora de coisas...
Eis aí a prova: o despossuir. Sentir-se invejada é um grande momento para o espírito provar a si mesmo que se libertou da tentação de possuir, de ser dono de algo, de ser melhor do que alguém...
Portanto, ao invés de culpar os outros por serem “maus” e lhe invejar, descubra o que a sua razão está criando como objeto da inveja e acabe com esta possessão.
Este procedimento vale não só para a inveja, mas para tudo o que você achar que alguém está lhe fazendo de “mal”. Verifique o que o ego está dizendo que está sendo atacado por aquela pessoa e elimine esta posse.
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