ASSASSINATO

Participante: Então tem gente que nasce com a missão de matar alguém?

Sim, “matar alguém” é uma missão que pode ser assumida por um espírito para auxiliar seu irmão universal durante a encarnação.
Deixe-me perguntar-lhe algo: se você precisa fazer alguma coisa, algo que não pode deixar de ser feito, confiará a tarefa de lhe auxiliar na execução a um amigo ou a um inimigo? Claro que entregará esta tarefa a um amigo, pois confia que ele não falhará com você.
A partir desta constatação, saiba que muitos são os espíritos que “nascem” apenas para ajudar os amigos. Eles não encarnam para si, mas programam uma “vida” só para ajudar outros que estão em provas servindo de instrumento para que eles vivenciem o carma deles.
Isto é serviço espiritual ao próximo e a literatura espírita está cheia de exemplos desta natureza. No entanto, o que lhe choca no que estou dizendo é que a missão, neste caso, foi tirar a “vida” do amigo.
Não importa o que se faz, mas a intenção com que se participa dos atos. No caso do instrumento do assassinato que cumpre uma missão, a sua intenção espiritual é proporcionar ao amigo a oportunidade de vivenciar uma determinada provação escolhida por ele mesmo. Sendo assim, não há “pecado” ou “erro”, mesmo que este carma seja o de enviar uma bala que ferirá mortalmente o amigo.
O futuro assassino encarna, vive perto ou longe do amigo espiritual, mas na hora certa se encontrarão e, então, agirá para que o outro vivencie o seu carma. Tudo regido pela lei do carma que é gerada pelas características universais oriundas do Senhor Supremo: Justiça Perfeita e Amor Sublime.
Agora, veja bem: não estou dizendo que todo assassinato acontece assim (um ato assumido por um missionário), mas que isto acontece, que esta é uma opção Real. Existem outras opções menos “sublimes” para se transformar em instrumento do carma de outro ser universal, mas esta é uma opção Real.
No entanto, você jamais poderá encarnado distinguir um caso do outro. Portanto, se não sabe dizer se está acontecendo um ato de um amigo ajudando o outro ou não, é melhor não julgar para não acusar indevidamente quem não merecia.
Saiba que você jamais conseguirá saber a real intenção que está por trás de cada ato porque está limitado pela razão oriunda das suas percepções, assim como muitos espíritos que estão fora da carne também não conseguem.