REVOLUÇÃO ANÁRQUICA ESPIRITUALISTA

Recentemente convidamos todos a participar de uma revolução anárquica espiritualista. Com isso nos tornamos responsáveis por todos aqueles que aceitarem o convite. Por isso precisamos ajudá-los na identificação dos alvos e na mira perfeita. Só assim eles poderão vencer essa batalha e viverem uma existência em paz, harmonia e felicidade

É isso que vamos fazer nesse blog. Em cada postagem um alvo e uma munição para vencer a batalha contra o mundo.


sexta-feira, 22 de março de 2019

REFORMA ÍNTIMA: UMA REVOLUÇÃO ESPIRITUAL


A reforma íntima é o processo de transformação da percepção sobre as coisas, ou seja, a eliminação dos conceitos (individualismo), percebendo-as de uma forma universalista (ação de Deus sobre todas as coisas).
Se o mundo novo nasce individualmente através da reforma de cada um, isso deveria ser o objetivo da vida de cada ser encarnado. Infelizmente não é isso que acontece, mas exatamente o contrário.
Quando nasce, é um ser sem conceitos, pois não possui certo e errado para as coisas, não atribui valores às pessoas, não desgosta de nada. Dizemos que é assim porque não conhece nada e, dentro desse raciocínio, sentimo-nos na responsabilidade de transmitir os conhecimentos que possuímos.
Realmente o bebê não se lembra de nada da técnica de viver em uma carne. Como espírito que é, precisa ser relembrado sobre as coisas materiais do planeta que ficaram esquecidas desde a última encarnação.
Precisa ser alimentado para lembrar-se do alimento, precisa ser limpo para lembrar-se do asseio. No entanto, além de relembrá-lo dessas coisas, o ser humano vai mais além: ensina os seus próprios conceitos.
Além de alimentar o bebê, ensina que existe hora para isso. É a hora do almoço, da janta, do lanche. Para o ser humano, deve-se comer na hora que está determinado para comer. Mas, qual a hora de cada refeição?
Os povos possuem hábitos e costumes diferenciados. Alguns fazem uma primeira refeição reforçada e apenas se alimentam levemente no horário do almoço. Outros nada comem pela manhã, mas se empanturram no horário do almoço. Quem está certo?
Nenhum dos dois. Comer em determinado horário é um conceito, pois a verdadeira hora de se alimentar é quando existe a fome. Apesar dessa verdade ser conhecida, além de relembrar ao espírito recém encarnado sobre o alimento, o ser humano transmite o conceito de que existe uma hora certa para comer.
Inicialmente o bebê reclama dessa imposição que não é a sua verdade. A mãe tenta por todos os meios alimentar o filho naquele horário, mas ele não come. A mãe desespera-se, leva o filho ao médico, briga e obriga-o a comer na hora que ela quer.
Depois de determinado tempo o novo ser compreende que não tem mais condições de debater-se com a mãe e acaba incorporando o conceito que afirma que deve ter que comer na hora marcada.
Começa a nascer mais um ser humano a partir dos conceitos que são impostos, mas morre um espírito que está ligado nas coisas universais. Durante toda a primeira infância o recém encarnado passa por um processo de recebimento de conceitos, principalmente maternos e paternos, que vão se incorporando à sua memória, levando-o a esquecer da sua simplicidade.
Antes ainda do fim da primeira infância ele é conduzido à escola, onde encontra outros seres que possuem conceitos idênticos ou parecidos. Isso o leva definitivamente a esquecer a sua simplicidade. Aprende que a causa primária de todas as coisas é o processo científico que ocorre nas coisas.
Esse ser, agora humanizado, é distanciado do Universo e levado à individualidade pelo planeta. Aprende através de outros que tudo tem uma razão material de ser.
Com isto encerra seu processo de humanização. O espírito, que nasceu puro e simples, unido com a espiritualidade universal, agora é um ser conceituoso que acredita que a única verdade do Universo é aquilo que pode ver, ouvir ou pegar.
Quem transformou o ser universal em ser humano foram os mesmos homens que recorrem aos templos para buscar a sua felicidade. São os mesmos que dizem estar procurando sua universalização que individualizaram o ser universal.
Esse é o antagonismo em que vive o planeta. Os seres humanos após algum tempo, cansados de tanto lutar contra os desígnios de Deus para impor o que acham certo, ou errado, procuram na religião um amparo para as suas dores. Mas, esses mesmos seres ocupam-se em humanizar as crianças.
Os familiares que passaram a vida desejando realizarem-se profissionalmente e materialmente sem conseguir, esforçam-se agora para que o filho atinja o que não conseguiram. Não satisfeitos de terem sofrido com as suas próprias frustrações, criam conceitos nas crianças, o que acaba gerando frustração também para elas. Alunos que um dia questionaram nas escolas os ensinamentos que recebiam, sem obter nenhuma resposta, agora repetem para os seus alunos os mesmos conceitos. Foram obrigados a aceitar aquilo e agora obrigam o novo ser a também aceitar.
Podemos comparar esse processo com uma fábrica, cujo objetivo é fabricar seres humanos robotizados, ou seja, que repetem moral, física e sentimentalmente o que os mais velhos viveram. Para isso usam como matéria-prima o ser universal.
Mas, será que esses que agora fabricam o outro estão satisfeitos com a sua vida? Será que sentem-se plenos com a formação que tiveram? Acho que não, pois a grande maioria reclama da vida que tem.
A reforma íntima deve começar exatamente neste ponto. Se as pessoas estão desgostosas com o que são e vivem, para que fabricar seres humanos que um dia sofrerão com o que viverem? Não seria melhor deixá-los crescer em padrões diferentes?
Lembro de um caso que aconteceu. Uma pessoa me perguntou como criar a sua filha adolescente de modo que fosse feliz. Dei a seguinte orientação: lembra de tudo o que queria fazer quando adolescente e sua mãe não deixava? Deixe a sua filha fazer. Ela me disse que não podia fazer isso. E justificou: ‘agora eu sou mãe’.
Esse é o problema. Mesmo sofrendo por reflexo da criação que tivemos, não damos aos nossos filhos o direito de serem felizes, porque assumimos o papel de orientador deles.
Será que uma mãe se contentaria em alimentar seu filho apenas quando ele está com fome e não na hora que ela quer? Será que um pai conseguiria deixar o seu filho ficar sem estudar se assim ele o desejasse?
Pensar nessas coisas faz parte da reforma íntima. Não adianta apenas buscar a sua elevação. O ser precisa, também, respeitar o seu filho, não impingindo conceitos.
A reforma íntima não é um trabalho religioso, mas uma revolução que todos devem fazer em suas vidas. Por isso é preciso que cada um altere seu comportamento em todos os campos e não apenas na sua vida religiosa.
Não se conseguirá viver com paz, harmonia e felicidade apenas orando nos templos. Esse estado de espírito só será alcançado por aqueles que modificarem realmente suas vidas.
O trabalho que leva o ser a penetrar no novo mundo é a reforma de todos os momentos de sua vida.
Como já falamos em outras oportunidades, o novo tempo surgirá para cada um em momentos diferentes. Só que o período de implantação da alteração dos carmas já se iniciou. Por isso existem espíritos encarnando atualmente que não aceitam ser transformado pelos mais velhos.
Se a humanidade imagina que a juventude atual é rebelde, garanto que ficará espantada ao ver a nova que está chegando. Ela se colocará muito mais fortemente contra todos os poderes constituídos, a começar dos familiares.
A revolução do novo mundo será iniciada com a guerrilha contra a principal fonte de conceitos que transforma o ser: os pais. É por isso que Cristo ensina que veio para colocar pai contra filho e mãe contra filha. É por isto também que ele afirma: coitada da mulher que estiver grávida quando aquele dia chegar.
Esses mensageiros da nova ordem combaterão fortemente os conceitos dos mais velhos. Rebelar-se-ão contra horários, julgamentos, definições. Não serão, no entanto, rebeldes sem causa: encontrarão em Deus a explicação para todas as coisas do universo.
Esses guerrilheiros não levarão ao caos como podem pensar, mas sim a nova ordem universal: não haver ordem padronizada. Isso não gerará conflitos, pois todos os conflitos são gerados por aqueles que querem impor a sua ordem sobre os outros. Será a guerrilha para alcançar a paz e o amor, tão procurados por caminhos tortos pelos seres humanos.
Os guerrilheiros defenderão o ser universal exército dos seres humanos, os conceituosos. Eles não criarão um novo código de conduta obrigando todos a seguir, mas resguardarão para si o direito de serem felizes. Não descumprirão a lei de Deus, mas mostrarão que ela só é seguida quando se atinge a consciência do amor e não pela obrigação de respeitar os códigos de normas existentes no planeta.
Essa será a revolução que marcará os próximos cem anos do planeta Terra. É o período de transição entre o mundo dos conceitos e o mundo do amor a Deus acima de todas as coisas.
Portanto, é preciso que nos preparemos para o bombardeio aos nossos conceitos.

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