REVOLUÇÃO ANÁRQUICA ESPIRITUALISTA

Recentemente convidamos todos a participar de uma revolução anárquica espiritualista. Com isso nos tornamos responsáveis por todos aqueles que aceitarem o convite. Por isso precisamos ajudá-los na identificação dos alvos e na mira perfeita. Só assim eles poderão vencer essa batalha e viverem uma existência em paz, harmonia e felicidade

É isso que vamos fazer nesse blog. Em cada postagem um alvo e uma munição para vencer a batalha contra o mundo.


terça-feira, 25 de junho de 2019

LIBERTAR-SE DE TUDO DE UMA VEZ


Participante: eu até consigo visualizar que estou querendo vencer, mas fazer isso é cansativo, porque a intencionalidade está presente toda hora. Sendo assim, pergunto: qual a atitude para poder lutar contra todas as intencionalidades que temos?

A forma mais fácil é tendo a consciência de que essa consciência não está presente em alguns pensamentos, mas em todos.
Tudo que o ser humanizado faz, ato, traz consigo uma razão que tem como intenção derrotar o próximo. Sabe o que é tudo? Todas as coisas. Portanto, não há momento onde a razão humana não queira levar alguma vantagem. Mesmo que o assunto seja ir ao banheiro, o ser humano que não está indo quer dizer que é melhor do que o outro: ‘já vai ao banheiro de novo’?
Se você tiver essa consciência fica mais fácil, pois não precisa perder tempo ou gastar esforço para analisar o que é gerado pela mente. Não é preciso: tudo tem a intenção de ganhar de alguém. A partir do momento que conseguir essa consciência e se chocar com o seu egoísmo, não aceitará as contrariedades que surgirem naquele momento.
Tendo essa consciência, quando chamar a atenção do seu filho porque ele não arrumou o quarto, automaticamente irá parar e dizer: ‘opa, eu estou falando desse jeito não por causa do quarto, mas para ganhar’. Fazendo isso, a boca pode inclusive continuar cobrando a arrumação, mas se ela não acontecer, você não irá se contrariar. Agora, se ainda continuar achando que é uma pessoa santa, boa, que sabe o que é arrumado e desarrumado, o que ele fizer, seja até arrumar do jeito dele, lhe causará contrariedade.
O que não pode fazer é se colocar na posição de certo, porque na hora que isso acontecer fatalmente, pouco importando o que o outro faça, dará a ele a posição de errado. Digo isso porque se não der a ele essa posição não conseguirá uma vitória. Como a sua intenção é ter uma vitória, sofrerá.
Portanto, o trabalho que pode fazer é ter a consciência de que todas as coisas geradas pela sua mente não possuem santidade ou perfeição, mas são instrumentos para poder combater com os outros e obter uma vitória. Saber que nada do que é pensado está certo, mas tratam-se apenas de instrumentos que a personalidade humana usa para ganhar do outro, para obter uma vitória pessoa.
Quando falo que são egoístas, estou querendo dizer que querem tirar de todas as situações um lucro individual. Essa é a forma que vive um egoísta. Por isso quando reclama do outro, mostra o quanto sabe e com isso obtém uma vitória. ‘Viu como eu sei o certo de arrumar’.

terça-feira, 18 de junho de 2019

FEBRE PET

Você me fala sobre o jeito humano de lidar com a forma animal doméstico. Aborda o trato com que o ser humano tem com os animais. Vou tentar lhe responder.
Existe no universo processos evolucionários, processos de evolução distintos. Em cada etapa, que corresponde a um processo, o espírito alcança a evolução num determinado quesito, mas também se prepara para a próxima.
O que chama de animal ou espírito que está vivendo uma personalidade animal doméstico está num processo de evolução anterior àquele que está vivendo o ser com a personalidade humana. No processo animal os espíritos trabalham o que chamamos de instinto, a formação do instinto.
Quando os seres acabam essa formação, são, então, levados a viver o próximo processo, que é chamado de prova moral ou racional. No primeiro processo desenvolve-se o instinto, no segundo a razão.
Portanto, são duas etapas distintas. Numa acontece alguma coisa e se aprende algo, na outa acontecem coisas diferentes e se aprende novos conhecimentos. É isso que separa o animal do homem.
Na sua pergunta você me fala que hoje existe um febre de trato com animal, pincipalmente cachorro e gato. Eu concordo com isso. Sobre ela, diria que existe por dois motivos. Primeiro: para a provação moral do espírito que está na forma humana. Segundo: para um processo de preparação daqueles que hoje estão como animal irracional e que um dia viverão como racional. Vou tentar lhe explicar estes dois aspectos melhor.
A febre do pet, para o espírito que está encarnado na forma humana, serve como instrumento para a provação do apego, da posse e do desprendimento das coisas materiais. Vamos ver por que.
Você me diz que o ser humano está apegado ao animal cachorro ou gato e eu diria que não. Se tivesse, estaria vivendo com um cão. Só que o que acontece hoje não é isso. Nos dias atuais o cachorro foi elevado pelo ser humano a ser também um humano.
A febre que você se refere toca exatamente neste ponto: a humanização de um animal que não é humano. Isso é apego ao mundo material. É achar que o ser humano é melhor, que tem mais benefícios, que possui uma vida melhor do que a do animal.
O que não se vê com essa febre é que o melhor para cada um é o melhor para cada um. Não se vê que se transformar o animal em um ser humano é pior para o próprio animal, pois está fora do seu próprio mundo.
Portanto, essa febre que existe e que cita na sua pergunta é um instrumento de uma determinada provação. Cada dia mais o ser humano usa argumentos que justificam a humanização do animal e acha que fazer isso é coisa boa, bonita, algo feito por quem sabe amar.
Só que esta forma de ser, apesar de aparentar, não está errada. É justamente porque esta febre existe que determinados seres universais possuem sua provação. Ela se consiste em imaginar que o ser humano é o elemento mais elevado do universo e que viver uma vida humanizada é muito bom.
Isso é o que essa febre representa para o espírito encarnado na forma humana. Já para o ser encarnado na prova animal, como disse, essa febre serve como preparatório para a vida humana. Como isso acontece?
Você mesmo me deu a resposta. Existem animais que são privilegiados enquanto outros são renegados. Existem uns que vivem no luxo, que recebem muito carinho, atenção, muito mimo, enquanto outros são largados, abandonados, passam fome e estão morrendo à mingua.
Me desculpe, você está falando de trato com animais, mas não poderíamos estar falando de trato com seres humanos? Esse mesmo processo não é vivido no trato dos seres humanos com outros de sua própria espécie.
Enquanto alguns possuem muito, outros têm pouco. Enquanto alguns são privilegiados pela sorte, outros são aparentemente vítimas de um sistema. Não é assim que vivem os seres humanos, não é assim que caminha a humanidade?
Quando este mesmo processo acontece com cachorro e o gato está servindo de preparatório àquele espírito para que saiba que quando se tornar humano a vida será assim. Alguns serão privilegiados e outros desprezados.
É para estas duas questões que abordei que existe nos dias de hoje a febre pet. Falo dos dias de hoje porque esta febre é atual. A questão de humanizar cachorro, de privilegiá-lo e de humaniza-lo é algo recente e faz parte do atual momento das encarnações humanas e animais.
É isso que está acontecendo. Acho que lhe respondi. Se ficou alguma dúvida, por favor fique à vontade para voltar a perguntar.

MERGULHE NA VIDA


O que fiz nestas conversas? O que fiz com a pessoa que me falou do seu maior problema, com quem me falou dos problemas de seus relacionamentos, sobre a questão da carreira profissional, da realização espiritual, quem tinha ansiedade por conseguir um emprego e todos os outros? O que fiz para responder as perguntas que me foram feitas?
Eu fiz vocês mergulharem em si mesmos. Para que? Porque é importante este mergulho em si mesmo? Para fugirem da superfície das afirmações mentais.
Ninguém quer morrer. Todos gostam desta vida. Só que a vivem de uma forma superficial. Não levam a sério a própria vida. Vivem na superfície dela, nas ilusões, nas mentiras que a mente conta. Vivem no que acham que está acontecendo. Não mergulham em si mesmo para descobrir o que verdadeiramente estão vivendo.
Quem me falou da ansiedade de ter um emprego acreditava que estava vivendo isso. Quem me disse que queria ajudar o próximo também. Só que como conversamos, ficou bem claro que havia alguma intenção diferente escondida. Uma pessoa vivia o medo de ficar dependente dos outros e a outra queria, realmente, é mudar as demais pessoas para aquilo que ela achava certo.
Uma coisa é bem diferente da outra. Por isso, o combate em busca de solucionar o problema que se vive é diferente. Combater o desemprego não resolve em nada a vida de quem está sem, conseguir voltar a incorporar também não. Porque?

Participante: não entendi sua colocação. 

A pessoa que me disse que o seu problema era o desemprego, se não fizer o mergulho na vida, imaginará que para combater o sofrimento gerado por essa situação deveria conseguir um emprego. Só que essa forma de solucionar a questão não resolve. Porque? Porque a real motivação, o medo de se tornar dependente, continuará.
Digamos que essa pessoa consiga se empregar. Será que a ansiedade acabará? Acho que não. A mente dessa pessoa irá dizer que ela ganha pouco e que por isso não está tendo condições de ajudar o suficiente para poder assumir o posto de controle das coisas. Com isso, haverá a ansiedade de conseguir outro emprego onde ganhe mais e possa, então, dizer a todos o que é certo ou errado de se fazer.
Não importa quanto essa pessoa receba de salário: todos ganham pouco. Todos precisam de mais. Pode ser o mais rico ou o mais pobre: todos acham que precisam ganhar mais. Por isso, esta pessoa sempre terá uma agonia de encontrar um emprego onde possa, enfim, ter as condições necessárias para se sentir independente.
Por isso afirmo que o problema desta pessoa não está no desemprego, mas sim na busca pela independência. Da mesma forma, todas as demais questões que conversamos também não se tornam problemas pelos motivos aparentes, mas por alguma coisa que está oculta atrás das ideias transmitidas pelos pensamentos.
É o medo de se tornar dependente que faz a pessoa que não tem emprego sofrer e não o desemprego. É a vontade de dominar os outros para que não mandem em si que a pessoa que tem problemas de relacionamentos sofre. É a vontade de mudar os outros para o que acha certo que faz a pessoa que diz que sofre porque não ajuda o próximo.
É isso que precisam entender. O não mergulhar na vida, o não compreender o real problema que têm não lhes deixa ser feliz. Sem esse mergulho para conhecer o foco do problema, por mais que ajam sobre o que venha dele, ainda continuarão sofrendo. O que fazem hoje, o tratar a dor sem o mergulho na vida, é como alguém que tem um abscesso no braço purgando pus e só trata passando um remédio externo. Na hora, o pus seca, mas como o que o causou continua existindo, mais tarde tudo volta.

Participante: o engraçado quando mergulhamos na vida e compreendemos a origem do problema, descobrimos que ele sempre tem a ver com a questão do medo. 

Sim, sempre tem a ver com o medo de perder, do desprazer, da infâmia da crítica e com a vontade de ter o oposto destas coisas. O carnegão do sofrimento humano sempre tem a ver com estas coisas, pois a razão humana é movida por estas âncoras.
Todo raciocínio é feito a partir da vontade de ter algo e do medo de não ter o que se quer. Não importa qual seja o assunto, o que move o mundo mental ao criar os pensamentos é sempre estas questões.
O medo de não ter é que lhe impulsiona a desejar ter. Por exemplo, a pessoa que me falou em ajudar o próximo não está buscando ter uma atividade espiritual por ela mesmo, mas sim pelo medo de não ter alguma coisa. Qual é este medo? Ela se demonstra quando ele diz que nasceu para fazer algo e não está fazendo. Ou seja, ele está com medo de perder aquilo que acha que nasceu para fazer. Só que ninguém pode deixar de fazer o que nasceu para realizar.
É isso que precisam entender: vocês são movido pelo medo de não ser, estar ou fazer alguma coisa. É daqui que surge a vontade de ter alguma coisa e quando este desejo não é atendido, surge, então, o sofrimento. Por isso digo que a cura do sofrimento só se dará quando o ser humanizado mergulhar dentro de si e descobrir este medo.
Isso se faz buscando a seguinte introspecção: ‘este pensamento está querendo o que’? Ao descobrir o que pensamento está querendo ganhar, automaticamente se descobre o que tem medo de perder. Quando isso acontece, é possível, então, atacar este medo e com isso o sofrimento acaba.
Não importa o que a mente esteja dizendo: ela sempre está querendo ganhar algo por medo de perder alguma coisa. O seu trabalho é sempre formado por estas questões, pois é egoísta por natureza.
Portanto, este mergulho é o caminho para acabar com problemas. Se ela lhe diz que gosta de uma pessoa, mergulhe em si mesmo e descubra o que ela ganhar com este gostar e o que ela está com medo de perder. Sem realizar este mergulho, se deixará levar pela superfície da razão, ou seja, pela história que a razão cria. Com isso o sofrimento é inevitável.
Não importa que história a mente conte, ela não é verdadeira: trata-se apenas de uma parábola. É só uma história criada para defender um interesse próprio e pelo medo de perde-lo.
A mente não quer que o marido faça os serviços de casa. O que ela quer é que o outro faça o que ela diz que deve ser feito. Com isso está objetivando manter o controle daquela pessoa. Só que ela quer manter este controle para não perder, para que o próximo não aja diferente do que quer que seja feito.
Sem este mergulho no que a mente diz, jamais conseguirão ter paz. Apenas viverão histórias que lhes levará ao sofrimento.
Uma pessoa nesta nossa conversa me disse que quer viver para o nós, pensar coletivamente. Como se faz isso? Deixando de viver para si mesmo. Quem vive apenas para ele mesmo não vive para o todo. O que é deixar de viver para o eu? É deixar de ter medo de perder alguma coisa, pois só isso termina o desejo individual de ter algo que leva o ser humanizado, que é egoísta por natureza, a não pensar priorizar a sua vontade.

Participante: isso é possível de ser feito? 

Sim, mas não na mente, mas consigo mesmo.
Se a mente quiser qualquer coisa, irá lhe impulsionar a que você queira isso. Para isso ela lhe diz: como você vai viver sem isso? Essa é a forma que ela usa para lhe dar o medo de não ter aquilo.
Eu disse à pessoa que me falou da ânsia de buscar emprego: você afirma que necessita ter um emprego, mas hoje tem um teto para se abrigar e comida para comer. Ou seja, a falta do emprego não está afetando as necessidades básicas desta pessoa. Esta conclusão devia leva-la a viver a situação do desemprego com mais tranquilidade. Só que isso não é conseguido.
Porque? Porque a mente explora essas necessidades. Não importa quais sejam, posso estar falando de casa, comida, de cigarro, de carro ou de qualquer outra coisa. Não estou falando apenas de necessidades ditas básicas: a mente sempre transforma o que deseja em necessidade básica, em algo que parece impossível continuar vivo sem ter.
Algumas coisas podem parecer para determinadas pessoas coisas supérfluas, mas para quem convive com a criação mental não parece. Alguns querem fazer uma viagem, passear. Para quem está desempregado isso parece algo fútil, mas quem recebe da sua mente este desejo não vive dessa forma. Para ele isso é uma necessidade básica, é algo que não consegue imaginar como viver sem.
Como se vive sem aquilo que a mente diz que é necessário ter? Da mesma forma que se tivesse: respirando. Para estar vivo a única coisa que vocês precisam é respirar.
Compreendem o que estou dizendo? O que precisam é tirar este valor de necessidade básica, de algo que precisam para viver, que a mente dá àquilo que ela deseja.
Por isso tenham a certeza: vocês não precisam de nada. Tudo o que a mente deseja é sempre uma história que o leva a querer ganhar algo por medo de perder alguma coisa. Por isso, não acredite no que ela diz. Esta é a forma de acabar com o sofrimento.
Você me perguntou se o que falei pode ser feito. Sim, pode. Como? Não aceitando a dependência da realização de desejos que a mente cria, sem aceitar as necessidades que ela gera. Para isso é preciso sair da superfície da vida e mergulhar profundamente neste mar e conhecer tudo o que está por trás daquelas ideias que ela cria.
Quando a mente disser que precisa de alguma coisa, responda a ela: ‘não sei se preciso’. Quando disser que se não tiver vai perder, responda: ‘se perder, perdi, mas se me prender ao que você afirma, certamente vou perder já’. Este é o trabalho que precisa realizar junto a si mesmo para poder manter-se em paz e feliz.
Pouco importa que você queria que alguma coisa aconteça ou não. A vida corre de forma independente do que você quer. Por mais que deseje ter algo ou não ter alguma coisa, a vida acontece do jeito que ela quiser. Por isso, o desejo que ela cria não vale de nada.
Acho que já sabem disso, não? São pessoas que já possuem alguma vivência das coisas da vida e já descobriram que não é porque querem algum coisa que aquilo acontece. Por terem alcançado esta compreensão, deveriam fazer este trabalho automaticamente, mas não fazem. Porque? Porque não mergulham na vida. Vivem apenas na superficialidade, presos à razão humana.
Se mergulhassem, veriam que a história do pensamento não é verdade, não é realidade. Veriam que a razão humana traz junto consigo uma busca de satisfazer o eu pelo medo de perder. É isso que precisam compreender. Se realizarem esse mergulho, não precisam de mim para lhes ajudar a vencer os seus problemas: poderiam fazer sozinhos.
Quando digo isso não estou afirmando que não mais lhes ajudarei. Estarei sempre aqui à disposição para isso. No entanto, se tivessem conseguido realizar o trabalho que estou propondo sozinhos, teriam sofrido muito menos do que sofreram até chegarem aqui e me ouvido.

CONJUNÇÃO CÁRMICA


Participante: por que hoje, em particular, as coisas estão tão complicadas sentimentalmente para todos? A depressão e a tristeza, pelo visto, foi regra hoje para todos aqui.

Fica difícil explicar porque hoje as coisas foram tão “complicadas” para a maioria das pessoas, porque faltam palavras que descrevam o que está acontecendo e, assim, você alcance alguma compreensão sobre o assunto.
Posso apenas fazer uma comparação. Imagine uma banheira cheia de excrementos. Quando a substância está em repouso o odor é pequeno, mas quando se remexe o conteúdo, o cheiro exala-se fortemente. Foi o que aconteceu hoje: a espiritualidade remexeu em algumas “banheiras” onde são depositados os sentimentos materiais dos seres humanos (individualismo) e o odor levantou-se fortemente.

Participante: o senhor quer dizer que isto tem a ver com a mudança do planeta?

Tem a ver com conjugações cármicas universais, ou seja, quando por ordem de Deus os espíritos mexem naquilo que sobra da vivência dos espíritos encarnados.

Participante: o que se pode fazer para sair desta energia?

Amar a tudo e a todos. Amar a Deus, o que está acontecendo, o seu estado de espírito, a sua raiva, o seu nervosismo, seu “baixo astral”. Amar tudo.

Participante: ainda não entendi direito esta questão do dia de hoje. Pode falar um pouco mais?

Como disse, não tenho como explicar melhor porque não há palavras que criem explicações lógicas do que ocorreu para que você tenha uma compreensão dos acontecimentos. A única coisa que posso dizer é que “mexeram” no planeta hoje e como em todo dia de faxina, enquanto se “varre”, a poeira sobe e fica mais difícil “respirar”.
Este “mexer” a que estou me referindo trata-se de trabalhar algumas questões das ilusões (mayas) com o qual vocês vivem a existência carnal de forma coletiva. Posso, então, dizer, mesmo correndo o risco de você não entender, que a espiritualidade “mexeu” em algumas verdades, arrogâncias e soberbas comuns à humanidade.

Participante: o dia foi tão ruim sentimentalmente hoje que tive que ir parar em um hospital vítima de síndrome de pânico.

Eu disse: o dia não está “bom” hoje. Mas, este “achar ruim” diz respeito apenas aos seres humanizados, porque para a espiritualidade o dia está “ótimo” justamente porque foi feita esta mexida.
Veja bem. No Evangelho de Tomé existe uma afirmação de Cristo que diz o seguinte: olha que eu vim por fogo ao mundo e ficarei vigilante até que ele arda por completo. Desta forma, se o “fogo” está ardendo, para nós está “ótimo”, pois novas oportunidades de elevação foram conferidas pelo Pai aos seus filhos.

Participante: o que acho complicado é que nós, espíritos encarnados, de repente, sem motivo, caímos num estado meio letárgico, depressivo e não temos condições de saber, sem falar com você, que isto não é nosso, mas é oriundo de uma situação planetária. Acho isto injusto, porque para nós que estamos encarnados é complicado decifrar que a espiritualidade está “mexendo” no planeta e se programar para não se deixar atingir a este ponto que aparentemente muitos daqui sentiram.

O que você diz tem lógica humana e aparentemente pode até parecer injustiça, mas vamos conversar um pouco mais sobre isto?
Você acabou de dizer que só saberia que esta conjunção cármica universal estava acontecendo obtendo de mim esta informação, não foi? Agora a pouco me perguntaram o que se deve fazer quando estes estados de espíritos forem sentidos. O que eu respondi? Ame.
Então, não precisa me perguntar nada: ame a tudo e a todos e você sempre estará alienado da “atmosfera” do planeta, seja ela oriunda de uma conjugação cármica ou não.
Veja bem. Não há necessidade de se saber intelectualmente se hoje houve uma “mexida” no planeta, ou seja, você não precisa me “ouvir” dizer o que aconteceu para poder “melhorar-se”. Ame a tudo e a todos sempre que, mesmo que a razão não lhe indique que o seu estado de espírito foi oriundo de uma conjugação cármica, você estará em estado de espírito de graça.
Amar a tudo e a todos é a chave para alterar o seu estado de espírito sempre, não importando o motivo pelo qual ela ocorreu. Portanto, se você caiu em um estado de espírito de depressão, ame-o, ou seja, esteja feliz mesmo sentindo-se “para baixo”, ao invés de querer lutar contra este estado para sair dele.
Se você teve crise de pânico, a tenha feliz, ao invés de passar por este estado de espírito em “pânico”.

Participante: acho meio complicado, no estado atual de evolução que estamos, conseguir no meio da crise atentar que temos que amar para mudar-nos, pois isto nem passa pela nossa cabeça.

Você falou bem: no meio. Faça no início. Na hora que começar a alteração do estado de espírito corte-a.
O problema é o que venho dizendo: não dá para se colocar o ensinamento (amar constantemente) apenas quando se quer. É preciso utilizar-se o amor universal como instrumento de vida durante vinte e quatro horas para assim estarmos atentos e cortarmos o “mau” pela raiz.

DESENCARNE EM MASSA


Participante: Haverá mesmo um desencarne em massa nesta transição do planeta Terra? 

Sim, mas menor do que a humanidade tem notícias. Haverá um desencarne grande porque é a última chance ou o que é chamado na bíblia de “julgamento final”, mas não alcançará tantos quanto a humanidade imagina.
Veja bem. Deus não poderá deixar na carne aqueles que não têm mais condições de atingir o estágio evolutivo necessário para continuar a viver neste planeta no novo sentido de encarnação. Se estes permanecessem encarnados haveria o risco deles adquirirem mais carma e isto não seria justo. Por isto Deus precisará retirá-los.
Também não poderá deixar aqueles que já conseguiram atingir o estágio evolutivo necessário para a vida no novo sentido de encarnação porque o Pai precisa deles para auxiliar os que ainda buscam a sua “aprovação”.
Além disto, como se trata de “última chance” é necessário que todos a tenham. Por isto grande número de espíritos que não encarnavam há muito tempo terão que fazê-lo agora. No entanto, o planeta possui uma “lotação” que não pode ser suplantada.
Sendo assim, além dos outros dois motivos que citei para o desencarne em massa nestes tempos que vivemos, há também o de “abrir espaço” para estas últimas oportunidades encarnatórias que o Pai está concedendo aos mais recalcitrantes.
Portanto, saiba que haverá sim desencarnes de grande número de seres humanizados, mas isto não será dentro do volume (um terço da população) que se comenta sobre o planeta.

SOMATIZAÇÃO


Participante: as doenças das pessoas na verdade são mayas? É o que se chama de somatização? Achar que tem o mal é criar o mal?

Sim, as doenças são mayas e somatizações. No entanto, para que compreenda perfeitamente o assunto, deixe-me dizer-lhe que toda doença é fruto de um padrão sentimental com o qual o ser humanizado vive, mas que achar que se está doente não cria a doença.
Na verdade o espírito cria a doença no ser humanizado para mostrar à luz da lógica deste que está existindo um determinado padrão sentimental. Por exemplo: quando o personagem sente muito o nervosismo, recebe a úlcera, para que com isto lhe chegue à razão que não pode nutrir este sentimento.
Tudo isto é feito para que ele tente se controlar, ou seja, para que modifique a base sentimental com que vivencia os acontecimentos da existência carnal.
Desta forma, podemos afirmar que é somatização. No entanto, não se trata de criar a doença por querer. Ela é criada no ser humanizado como um alerta para que possa haver uma compreensão racional de que a base sentimental daquela existência não está de acordo com os padrões universais.
Esta verdade vale para todas as doenças: desde o câncer ao bicho de pé elas surgem desta forma e com este objetivo.

Participante: e quem cria dor de cabeça constante, enxaquecas?

Uma dor ou uma doença não reflete apenas um certo comportamento, mas pode refletir muitos. Portanto, posso lhe responder apenas exemplificando, mas nunca afirmando que este é o caso.
A dor de cabeça pode ser oriunda de uma utilização constante de excesso de preocupação, medo, falta de fé, busca extrema do prazer. Há, portanto, diversos padrões sentimentais que podem levar à criação das dores de cabeças constantes.

MENSAGENS DE RAMATIS


Pergunta: como saber que mensagens assinadas por Ramatis são verdadeiras, anímicas ou fraudes?

Qualquer mensagem de qualquer mentor espiritual tem que ter como fundamento o espiritualismo, o ecumenismo e o universalismo. Sem que estes três aspectos fundamentem uma mensagem, ela não pode ser verdadeira.
Um mentor que defenda o materialismo, ou seja, o bem terrestre (a felicidade na vida carnal que chamamos de prazer), não pode falar em nome de Deus nem de Cristo, pois eles ensinaram que é preciso alcançar a vitória sobre o mundo. Portanto, quem se diz movido por eles não pode induzir a perder para o mundo.
Todos os mentores têm que ser ecumênicos, ou seja, buscar ligar você a Deus e não a uma religião. Senão estariam se auto apropriando de Deus, ou seja, tornando-O exclusivo de determinada religião o que fere frontalmente todos os ensinamentos até hoje recebidos da espiritualidade.
Precisam ainda ser universalista, ou seja, ensinar a aprender a conviver com os demais espíritos dentro do sentido universal e não dentro do individualismo: você está “certo” e o resto “errado”; você é “bom”, é o “melhor” e os outros nada sabem. Quem ensina assim não fala em nome de Deus, pois todos somos iguais perante o Pai.
Mas, por que precisa haver estes três aspectos nas transmissões dos espíritos elevados? Porque eles são o resultado do amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo ensinado por Cristo.
O materialista não pode amar a Deus sobre todas as coisas, pois ama a matéria acima de tudo. Não pode amar o próximo como a si mesmo porque é individualista.
Aquele que tem uma só religião não ama a Deus, mas a sua religião. Também não ama o próximo porque diz que o certo é ele.
Aí está a base para reconhecer tudo aquilo que “vem do alto”. E isto fica bem claro no ensinamento dos mestres que possuíam a compreensão maior que qualquer mentor espiritual e, portanto, precisam ser seguidas por aqueles que afirmam falar em nome de Deus ou de um mestre.
Até no caso da religião, que é mais controverso, perceba que nenhum mestre fundou uma religião, mas elas foram criadas por seres humanizados a partir dos ensinamentos destes mestres. Portanto, o mentor que afirme que uma religião é “melhor” do que outra se liga a estes seres humanizados e não ao mestre ou a Deus.

DÊ VALOR AO QUE TEM VALOR


Tem uma história que conta que um homem foi ouvir Maomé pela primeira vez. Quando o criador do islamismo acabou de recitar os versos que tinha recebido, este homem lhe disse que gostara muito de estar ali e que voltaria todo dia. Maomé lhe disse para não fazer isso. O homem perguntou: por quê? A resposta que ele ouviu foi a seguinte: ‘você vai se acostumar com o que eu digo e não dará mais valor ao que está ouvindo’.
O sol nasce todo dia. Ele esquenta e clareia a sua vida diariamente, mas vocês não se lembram de cumprimentá-lo quando acordam. É a mesma coisa com relação à felicidade. Vocês não conseguem suplantar os momentos maus da sua vida porque não valorizam os momentos bons.
Vou falar dentro da lógica humana agora para poder lhes transmitir o real valor do presente. Há uma coisa ainda não vislumbraram: a cada vez que respiram a hora da morte se aproxima mais.
Saibam disso? Sabiam que cada segundo que passa é um a menos e por isso estão mais próximo da morte? Por terem medo de morrer, deveriam viver intensamente cada segundo, mas não é assim que vivem...
Vocês não ligam para um segundo de suas existências. Vocês largam o segundo que têm, o abandonam em detrimento de um futuro. Com isso agem como se estivessem correndo para a morte.
Deem o valor a cada segundo da vida de vocês. Valorizem, pois ele é um bem extremamente preciso. Tanto no sentido material, no sentido de estar vivo, como no espiritual, aproveitar a oportunidade da encarnação, cada segundo de uma existência é um bem precioso, pois eles representam uma nova oportunidade para alcançarem a evolução espiritual.
Apesar deste alto valor de cada segundo da existência, vocês não o valorizam. Vivem, trabalham com a vida, como se ela fosse grande, como dispusessem de muito tempo para viver. Por isso não vivem e nem valorizam cada experiência, cada momento.
É por este motivo que vocês vivem o mau como mau, como um ataque, como uma afronta pessoal. Só vence a síndrome de ser o preferido do universo aquele que valoriza cada momento de sua vida, esteja este momento de acordo ou não como os anseios individuais. Isso vocês não fazem...
Na verdade, só depois que ficam velhos é que vocês aprendem a valorizar tudo o que tiveram na vida. Se isso é verdade, porque não esperar chegar este momento da vida para fazer isso?
Por isso aconselho: não esperem que tudo acabe bem, não esperem que aconteça sempre um final feliz; vivam cada momento valorizando-o como se ele fosse o último. Entreguem-se totalmente àquele momento, pois quem sofre em um momento está recusando a oportunidade de estar vivo que a vida oferece. Por isso, mesmo que o momento não esteja de acordo com os seus anseios, viva-o intensamente. Não queira fugir do presente jamais.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

O CUSTO DA ENCARNAÇÃO


Continuemos falando da questão do valor essencial da vida.
Já imaginaram, já tiveram alguma ideia do quanto custa ao universo a encarnação de cada ser? Vamos conversar sobre isso.
O que havia nesse lugar antes de ser uma casa?

Participante: uma floresta.

Onde estão as plantas que existiam aqui? Tiveram que morrer para que vocês tivessem uma casa.
Outra pergunta: porque estão aqui com todo o seu dinamismo? Será porque são superpoderosos? Acho que não. O que lhes dá dinamismo é todo o alimento que ingerem, ou seja, os vegetais e as carnes que comem. Pois é, animais e plantas tiveram que morrer para que você pudesse ter o dinamismo para viver os acontecimentos de sua vida.
Além do mais, hoje o planeta Terra está mais pobre que ontem, pois os vegetais tiveram que retirar os sais minerais do solo para transferi-los para o seu corpo e assim lhes dar vigor. Repare: não é só o animal e o vegetal que precisam se sacrificar para que vocês tenham uma vida: o próprio planeta se esgota para que isso aconteça.
Já estão começando a ver o custo da vida de cada um de vocês para o universo? Mas, tem mais. Há algo que nunca se lembrariam de calcular: quantos milhões de células de oxigênio precisam se sacrificar transformando-se em gás carbônico a cada dia para que vocês possam ter uma vida para viver?
Em tudo que e refere à existência de um ser encarnado há um custo para o universo. Será que seria justo tudo isso ser despendido apenas para que você vivesse o que gosta?
Fazer a si mesmo essa pergunta é mergulhar na vida. É submetê-la a seu real contexto, o universal, e retirá-la da visão estreita que os seres humanos têm da vida: uma existência onde tudo é obrigado a se sacrificar para que ele viva apenas o que quer.
É essa consciência que pode lhe dar a compreensão necessária para que se desiluda com a forma humana de viver e assim deixe exigir do universo que faça acontecer apenas aquilo que quer e gosta. Aquele que faz esse mergulho na vida, ao invés de cobrar e exigir do universo, pergunta: ‘já que se sacrifica tanto por mim, o que posso fazer por você’?
Na verdade, você não pode fazer nada pelo universo. Aliás, pode sim: honrar o esforço para lhe dar uma vida. Como se honra esse esforço? Dedicando a vida para a finalidade do universo: servir como campo de provas para um espírito, ou seja, ser uma oportunidade para que o ser universal, mesmo instigado pelo tentador (a personalidade humana), opte sempre por viver a felicidade incondicional.
Volto agora a uma das perguntas que fiz: porque você respirou nesse momento? Matou átomos de oxigênio apenas para satisfazer-se ou honrou o sacrifício do universo dedicando aquele momento à vivência da felicidade universal independente do que estava acontecendo? Vivendo assim, o átomo do oxigênio, então, ‘vê’ que o seu sacrifício foi em vão.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

REALIZAÇÃO ESPIRITUAL


Participante: só para concluir, o que sonho às vezes é que me sinto numa situação onde sou capturado, que estou submisso à entidades negativas. Sinto que entidades deste tipo me acham e querem me capturar. Fico numa agonia e acordo nervoso com esta situação. Sinto-me tão mal que acho que vou ter um ataque cardíaco. 

Não se assuste com isso. Você só terá um ataque cardíaco se isso estiver programado para acontecer. Mesmo que ele esteja previsto, só acontecerá no momento que tive que acontecer. Portanto, sendo ou não atacado por estas figuras, ele só acontecerá no momento que tiver que acontecer.
Agora, se aquele for o momento de ter, pouco faz se está sendo capturado por entidades negativas ou abraçado por positivas, terá.

Participante: entendo, mas só que quando acordo de madrugada desses sonhos fico com um peso que não consigo me desvencilhar. Neste momento busco uma oração para fazer. Ajo dessa forma porque frequento há muitos anos uma doutrina chamada ‘Divinismo’. Segui ao pé da letra durante muitos anos o que eles ensinavam e quando comecei a ter acesso aos seus ensinamentos vi que muita coisa batia com o que lá me era ensinado. Mais, que muitos dos seus ensinamentos abriam novos horizontes. 

Isso porque eu sou divinista sem ter nada de divino.

Participante: depois que tomei conhecimento com seus ensinamentos comecei a pesquisar outras coisas. Acontece é que com esta misturada de ideias tem horas que acabo caindo num labirinto que não consigo sair. 

Pois é, este é um problema que acontece com aqueles que misturam as coisas.

Participante: sim. Inclusive na própria doutrina que frequentava era alertado para não ficar procurando ensinamentos aqui e ali porque senão ficaríamos com a cabeça maior que o corpo. Com isso não conseguimos nem andar direito. 

Isso eu também digo.

Participante: eu sei, mas tenho esse defeito. Fico procurando a verdade aqui e ali. Quero sabe de onde vim, qual a minha prova, o que me propus fazer nessa encarnação. Tenho ânsia em conhecer essas informações. Aí chego aqui e ouço o senhor dizer que tudo isso se resume em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 

Quem fala isso não sou eu, mas Cristo. Ele diz que o maior ensinamento é amar a Deus acima de todas as coisas e o segundo maior é amar o próximo como a si mesmo. Se ele coloca as coisas neste ponto é sinal de que todos viveram aqui apenas para realizar estas duas coisas. Não importa qual seja a situação da vida, é preciso que o ser encarnado aprenda a amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo.
Esta informação é a resposta, mas, no seu caso específico, ela leva a um problema. Vamos falar sobre isso.
Disse que para você isso gera um problema porque frequentou a doutrina divinista. Porque isso acontece com quem frequenta essa doutrina? Porque o ‘Divinismo’ para se amar a todos e a tudo propõe que existe um bem e um mal. Só que não existe mal.
O problema é que para realizar-se espiritualmente você não pode divinizar nada. Sabe porquê? Porque tudo já é divino.
O medo que vive durante os seus sonhos parte da sua ideia que existe o mal, que existe coisa ruim. Parte da ideia de que é preciso mudar o que é ruim para que ele se torne bom. Isso existe porque há a ideia de que o que é ruim não é divino, mas isso é irreal. Tudo é divino, seja considerado como bom ou mal.
Digo isso porque tudo vem de Deus. Se Ele é a fonte de todas as coisas e é a Perfeição, a Bondade, a Justiça e o Amor, nada pode ser mal.
Participante: entendo o que o senhor está dizendo, mas na hora do dia a dia fica difícil a prática.
Sei disso, mas este é o trabalho da sua vida.
Uma vez me falaram da questão dos ovoides, de espíritos que tomam formas ovoides. Na literatura espírita se diz que isso acontece porque eles são maus. Mas, se o espírito em essência é a imagem de Deus, será que ele pode ser mal? Claro que não.
O espírito não é mal em essência: acha-se mal. Ele não consegue encontrar a sua essência de bondade e por isso acredita na maldade que não é dele. Portanto, posso dizer que eles não são maus, mas estão.
Por isso, você, para poder lidar com eles em paz, não pode chamá-los de mal, não pode ver a maldade que eles aparentam ter. Se eles são em essência divinos, deve trata-los desta forma.
Isso responde a questão dos espíritos maus, mas há mais um detalhe que quero falar. O que lhe faz passar mal neste sonho não é a presença de espíritos que imaginam-se maus. O que lhe faz mal? O medo ...
O que lhe faz mal é o medo de que eles lhe façam o mal. Mas, porque tem esse medo?

Participante: porque podem tirar a minha liberdade ...

Não.
Porque não os diviniza. Porque acha que eles podem fazer maldade contra você. Mas, se eles são em essência divinos e tudo o que fazem vem de Deus, Causa Primária de todas as coisas, será que eles podem fazer maldade? Acho que não. Acho que é você que está chamando o amor de Deus que é transmitido através destes seres de maldade.
Na hora que realmente divinizar tudo, torna divino aquilo que chama de mal. Quando fizer isso sabe o que acontece? Acaba o medo. Acontecendo isso, sabe o que lhe ocorre? O sonho não mais causará a impressão que causa hoje.
Repare que as coisas nunca são ligadas apenas àquilo que você imagina, mas aquilo que usa para gerar a compreensão de agora. Os espíritos que vivem nos seus sonhos não são maus, mas divinos. São seres que foram criados simples e ignorantes e nunca perderam a sua pureza. Como instrumentos da Causa Primária, não podem fazer nada que não seja divino. Por isso, sempre emitem o amor de Deus por você. Como incialmente não os enxergou dessa forma e nem viu a ação deles desse jeito, no momento que estão presentes nos seus sonhos, não pode deixar de viver o medo.

PARA ENTRAR NO NOVO MUNDO


Vocês vieram à carne para pagar o chamado pecado original, que como vimos é o fato de querer ser Deus, ter o poder de separar o bem do mal. Posso afirmar isso porque essa compreensão surge facilmente com a leitura do capítulo 3 do livro bíblico Gênesis.
Para quem não sabe, a Bíblia é o Livro que orienta os acontecimentos do mundo de Prova e Expiação que acontece no planeta Terra. Este período tem início com a informação do que motivou a necessidade do espírito entrar na roda de encarnações: querer ter o poder de separar o bem do mal, querer ser Deus. Por isso, podemos compreender que o objetivo de viver, encarnar, é acabar com o desejo de ser a origem das coisas e ter o poder de separar o bem do mal. Isso acontece quando o ser encarnado se liberta desta tentação.
No livro Apocalipse, que estamos estudando, existe um capítulo, depois daquele que é chamado ‘A famosa prostituta’, que se chama ‘Nova Jerusalém’. Este capítulo fala da chegada do novo mundo, nova terra, nova cidade sagrada. Mostra o que acontecerá depois que os fatos que conversamos aqui acontecerem.
Nesse capítulo é dito que o trono de Deus estará na Terra e todos os reis da terra se ajoelharão a seus pés e entregarão o seu governo e seus bens. Quem são os reis da Terra? Cada ser humano, vocês. Cada um se acha senhor da sua própria vida e das coisas que nela existem. Portanto, depois que acontecerem as coisas que aqui conversamos, cada ser humano entregará a Deus o comando de tudo durante a sua existência carnal.
Não foi isso que Cristo ensinou? Ele não disse que o ser humanizado precisa se libertar de todos os bens da matéria e conquistar os bens espirituais? Esse ensinamento não quer dizer que você tem que dar as calças que veste, mas sim o pudor que o leva a vesti-la. Deve entregar a Deus o seu desejo de ter um carro, a dependência de tê-lo e não o carro em si. Deve entregar a Deus o seu destino na questão de ter ou não uma casa própria, ao invés de achar que é justo todos ter uma. Na hora que fizer isso não mais dependerá das coisas deste mundo para ser feliz. Com isso, conseguiu libertar-se das coisas materiais e conquistou os bens espirituais. Compreendeu agora o que quero dizer?
A Bíblia conta a história desta conquista, mostra o caminho para que ela aconteça. Narra o caminho do ser humanizado para se livrar do pecado original de querer ser Deus. Para isso cria todo um mundo material, criação simbolizada pela Torre de Babel e o fato de embaralhar as línguas. No final deste caminho este mundo se destrói pelo simbolismo do ataque à famosa prostituta. O extermínio dela é necessário, pois é nas tetas dela que a humanidade mama.
Vocês se dizem espiritualistas, que acreditam haver dentro de si algo além da matéria, mas vivem para o mundo material. Acham que é a comida que lhes alimenta, ainda acham que são os vírus e micróbios que causam doenças, ainda acham que são vocês que fazem as coisas. Na hora que se afastarem das coisas materiais e descobrirem que o que alimenta é o sentimento, na hora que descobrirem que o que causa doenças não são os vírus, mas Deus, e entregarem tudo nas mãos do Pai, aí sim vão adquirir os bens espirituais e poder viver no próximo mundo. É isso que está escrito na Bíblia; é isso que estamos falando; é essa verdade que não está escondida, mas está em todas as escrituras de todas as religiões.
Enquanto não abrirem mão do seu desejo de serem reis, de serem Deus vocês não vão conseguir passar a esse Novo Mundo. Não que Deus vá lhes expulsar daqui: são vocês que não vão querer ficar, pois no novo tempo neste planeta não haverá nada que gostem. Se gostam de fofoca, vão achar um lugar onde estão os fofoqueiros e ficarão fazendo fofoca uns dos outros. Se gostam de mandar, vão querer ficar num lugar onde todos gostam de mandar, e um vai mandar no outro.
Só no momento que alguém mandar em você e sentir os reflexos disso vai querer buscar o arrependimento de ter mandado nos outros. Deus deixa o outro mandar, gritar e brigar para que aprenda. É como se Ele lhe dissesse: ‘você não gosta de fazer isso com o outro? Veja, então, o que ele sente’. Quando você age com amor o outro muda. Enquanto quiser gritar mais alto, o outro não muda.
Ninguém consegue mudar ninguém. Só quando você se muda, o outro muda. Quando você doa amor, recebe amor de volta. Vocês querem consertar o mundo, mas não querem se consertar. Mude primeiro. Mude internamente...
É essa lição que Buda, Krishna, Cristo e os apóstolos e profetas deixaram. O Espírito da Verdade também trouxe a mesma mensagem, mas apesar disso, vocês não entenderam o que eles ensinaram.
Cobram que o outro se mude para ficar igual a vocês. Mudem-se. Na hora que se mudarem, o mundo ao seu redor muda. Na hora que o mundo de cada um mudar, as outras pessoas se mudam e com isso se constrói um mundo novo. Mas, enquanto quiserem consertar o mundo, ele continuará igual, pois as coisas só se mudam com a mudança interna de cada um.
É isso que estamos falando: a mudança precisa começar em você. Não haverá mudança alguma enquanto você cobrar a do outro. Para viver um novo mundo é preciso que você aceite o próximo como ele é. Enquanto você apontar o erro dos outros, eles também vão procurar o seu erro.
Comece a mudança do mundo mudando o seu interior. É dessa mudança que sairá a força que vai mudar esse planeta, que vai mudar as coisas. Quem conseguir essa mudança irá habitar um novo mundo. Quem começar a se mudar e buscar o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo viverá num novo mundo.

sábado, 1 de junho de 2019

O MÉDIUM


Participante: não é isso. Eu não quero que eles se mudem. Entendo perfeitamente que cada um tem que viver do seu jeito. Não é que eu não me conformo com isso. Acho que cada um é cada um. Não vivo julgando e criticando os outros. Estou falando do meu lado especificamente. Acho que deveria estar conduzindo algum trabalho para ajudar os outros. Tenho uma mediunidade que não tenho trabalhado. Acho que minhas entidades se afastaram. Eu queria desenvolver este lado para poder ajudar os outros.

PORQUE VOCÊ NASCEU?


Quem crê que nasceu por causa da atividade sexual do pai e da mãe, acaba se vendo como fruto de um ato pecaminoso, pois vocês ainda consideram o ato sexual como algo impuro, algo que precisa ser mantido em segredo.

Participante: não é bem assim.

É sim. Qual o filho que admite que os pais façam sexo? Todos acham que sua mãe ainda é virgem e pura como Nossa Senhora.

Participante: vemos o sexo dessa forma por conta dos padrões que nos foram transmitidos...

Exatamente. Mas, viver assim é manter-se na superfície da vida. Está na hora de mergulharmos nela.
Está na hora de nos aprofundarmos nas questões da vida. Se não fizermos isso, continuaremos sempre vivendo com o valor essencial que a mente dá a ela.
Por isso volto a perguntar: por que você nasceu?

Participante: poderia ter diversas respostas para isso. No momento a que me vem à mente é que foi para viver provas.

Sim, essa é uma resposta, mas esquecendo dos detalhes espirituais (carmas, provas, missões, etc.), insisto na mesma pergunta: por que nasceu?

Participante: porque Deus quis.

Sim, você nasceu porque Deus quis lhe dar uma chance de evolução. Nasceu porque Deus lhe deu uma chance para evoluir.
Chegar a essa conclusão como explicação para estar vivo é, para aquele que acredita na encarnação, mergulhar na vida. Quem tem essa crença não acha que está vivo porque sua mãe foi para cama com seu pai.
Para quem acredita nas múltiplas vidas sucessivas, o ato é que cientificamente causa a fertilização do óvulo é apenas uma teatralização. Esse sabe que iniciou a vida nesse mundo porque o Pai, através do seu Amor Sublime, lhe deu a chance de vir à carne buscar a sua elevação, a sua pureza perdida, a sua evolução.
Esse é o início do mergulho na vida que todo aquele que acredita em encarnações sucessivas precisa realizar. Isso porque quando transformar a sua origem mudará o valor essencial de sua existência. Nesse momento, tudo mais mudará.

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