REVOLUÇÃO ANÁRQUICA ESPIRITUALISTA

Recentemente convidamos todos a participar de uma revolução anárquica espiritualista. Com isso nos tornamos responsáveis por todos aqueles que aceitarem o convite. Por isso precisamos ajudá-los na identificação dos alvos e na mira perfeita. Só assim eles poderão vencer essa batalha e viverem uma existência em paz, harmonia e felicidade

É isso que vamos fazer nesse blog. Em cada postagem um alvo e uma munição para vencer a batalha contra o mundo.


terça-feira, 29 de outubro de 2019

PEDIDOS DE MARIA - II - PENITÊNCIA


O segundo item que Maria pediu sempre e que grande parte das pessoas não ouviu, foi a penitência. Não existe uma mensagem em que Nossa Senhora não peça a penitência de cada um de nós.
O que será penitência? Alguns interpretam a penitência como uma punição, pois a vinculam a resposta que o sacerdote dá àqueles que erram. É dessa forma que é entendida a penitência e por isto algumas correntes de religiosos não aceitam que faça parte de suas doutrinas.




A penitência, portanto, não é aceita como um pedido de Maria porque existe uma vinculação à flagelação. Entretanto, na definição do vernáculo não encontramos flagelação ou condenação, mas sim:
“PENITÊNCIA - Arrependimento por faltas cometidas, confissão”. (Mini Dicionário Aurélio)
Penitência não é uma pena aplicada a quem erra, mas o arrependimento por faltas cometidas. Dessa definição podemos definir que quando Maria pediu penitência, na verdade conclamou-nos ao arrependimento por faltas cometidas.
O que é arrepender-se de uma falta cometida? É reconhecer erros (escolha de sentimentos negativos) quando da vivência de acontecimentos no mundo humano.
Porque a penitência é importante? Porque quem reconhece o erro, pode não mais tornar a fazer a coisa errada. Enquanto não houver reconhecimento das escolhas sentimentais erradas, não subordinadas ao amor ao próximo e a Deus, acontecerá sempre a vivência deles.
Porque não se reconhece as escolhas emocionais diferentes do amor universal? Por causa das cortinas que encobrem a compreensão do momento.
Na verdade, ninguém erra porque quer, mas sim porque mente para si mesmo. Escolhe sentimentos diferentes do amor por causa da subordinação ao sistema humano de vida. Vou dar um exemplo para entendermos o que estou dizendo.
 Digamos que alguém escolha sentimentos que o levem a obrigar os outros a fazer o que acha certo. Se alguém disser que ele está errado em pensar isso, a cortina, as verdades do sistema humano de vida, o fará pensar assim: “não estou errado. Estou ajudando essa pessoa a fazer a coisa direito, a coisa da forma correta, pois eu sei o que deve ser feito nesse caso”.
É essa cortina que inibe a auto visão de que, na verdade, a pessoa não está ensinando a fazer da forma correta, mas da forma que ela acha correta, o que é bem diferente. Essa pessoa está vivendo o sentimento de comandar, subordinar o próximo a si e não o da caridade, mas não vê isso por acreditar que o certo é o que ela sabe.
O arrependimento passa pelo levantamento dessas cortinas que falseiam a intenção com que se pratica o ato. Para haver o arrependimento é preciso ter a penitência, o reconhecimento de que não está sendo utilizado um sentimento positivo.
A verdade do sentimento é maquiada pela mente para transformar um sentimento negativo em alguma coisa positiva. Esconde a intenção de que o ser encarnado se satisfaça através do acontecer do jeito que ele quer.
O arrependimento de agir dessa forma e a alteração dos sentimentos, depois de levantada a cortina criada para a satisfação individual, é a penitência que Nossa Senhora pediu e que é necessária para a prática da vida no próximo mundo.
Sem o reconhecimento da verdade da base de seus atos (sentimentos), sem a análise da intenção dos sentimentos que movem o ato, como fazer a reforma íntima? Como se reformar sem saber, na verdade, o que se está fazendo? Como reformar uma mentira se ela é considerada uma verdade?
É essa a penitência que Maria falou. Só ela poderá trazer a paz, a não agressão. Só a autoanálise profunda dos pensamentos a partir dos ensinamentos doa mestres prepara o espírito para o próximo mundo. Não adianta estudar os ensinamentos, conhecê-los, enquanto a intenção, o sentimento, for maquiada.
Outro detalhe: o conhecimento dos ensinamentos não deve servir para que novas maquiagens sejam criadas. Eles devem levar a uma nova postura emocional que não se torne a certa. Se isso acontecer, continuará havendo cortinas que encobrirão a verdade.
A penitência é levantar e descerrar as cortinas com a autoanálise sem autoacusação e sem criar um certo, um obrigado a ser desse jeito. A penitência, como é fundamentada no amor universal, leva a liberdade de agir.
Quando a penitência passa por uma autoacusação, cria uma flagelação. Com isso perde o seu real sentido, que é apenas o arrependimento dos erros. Quando se levantam as cortinas e se descobre o sentimento verdadeiro que está sendo utilizado, não há necessidade de acusação de erros passados, mas sim a busca da não prática futura.
Também não deve levar a obrigações que precisam ser cumpridas. O arrependimento é descerrar as cortinas e quando não mais estiverem abaixadas, não haverá mais a necessidade de vigilância, pois a realidade será vista.
Existe a necessidade da auto vigilância só para aqueles que abrem apenas um pedaço da cortina e olham para dentro. O arrependimento não pode ser um olhar por uma fresta, mas deve levar ao descerramento completo da cortina que cobre a verdade de Deus e cria um novo campo visual da verdade.
Essa é a penitência que Maria pediu, o arrependimento que ela informou necessário para o novo tempo e que nos levará ao fim da interpretação das coisas.
No novo tempo, não haverá espaços para acusações, para falsas verdades. O novo mundo, que está muito perto de começar, nada mais será do que um mundo onde todas as verdades, nuas e cruas, serão recebidas e não causarão sofrimento, pois passarão pela não violência e não acusação de cada um e dos outros.

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