REVOLUÇÃO ANÁRQUICA ESPIRITUALISTA

Recentemente convidamos todos a participar de uma revolução anárquica espiritualista. Com isso nos tornamos responsáveis por todos aqueles que aceitarem o convite. Por isso precisamos ajudá-los na identificação dos alvos e na mira perfeita. Só assim eles poderão vencer essa batalha e viverem uma existência em paz, harmonia e felicidade

É isso que vamos fazer nesse blog. Em cada postagem um alvo e uma munição para vencer a batalha contra o mundo.


quinta-feira, 21 de março de 2019

DISCÓRDIA


Mas, deixe-me aproveitar a sua pergunta e falar de uma coisa interessante: a discórdia.
Vocês humanos têm um dito popular muito interessante: quando um não quer, dois não brigam. Pois é, se você não receber o que a outra pessoa fala como algo que gere discórdia, jamais viverá isso.
Nenhuma situação de vida acontece por conta do que os outros fazem, mas sim porque há uma afirmação mental sua criando a realidade. Por isso, se não aceitar o valor de discórdia que a mente dá ao que o outro fala, jamais haverá discórdia.

Participante: viver assim não é fugir da realidade?


Não.
A discórdia não é real porque, na verdade, é o seu pensamento que está discordando daquela pessoa e não ela de você ou vice-versa. É a sua razão que diz que não concorda com o ponto de vista da pessoa que é diferente do seu.
Porque age assim? Porque, movido pelo egoísmo, quer que a outra pessoa aceite os conceitos que ele possui. Então, não há discórdia: o que há é uma não concordância que a mente, por ser egoísta, não aceita.
Veja bem. A discórdia que o seu pensamento diz existir no que a outra pessoa falou só aconteceu porque o que disse foi diferente dos conceitos que existem na sua razão. Ou seja, a ideia de que houve uma discórdia só foi possível por conta do egoísmo que existe na sua personalidade humana, da subordinação dela ao sistema humano de vida que diz que existe o certo a ser dito e que esse é o que ela acha que é.
Da parte da outra pessoa não houve discórdia. O que houve foi uma exposição dos conceitos dela. A ideia de por causa disso ter discordado nasceu dentro de você quando houve uma defesa de suas verdades. Se não houvesse a defesa, o que aconteceria? A pessoa falaria o que quisesse e a sua razão não sentiria uma discórdia naquele momento.
Sendo assim, quem está discordando de quem? Acho que é você dela e não ela de você, não é mesmo?
A vida é vivida por aquele que quer buscar a elevação espiritual sempre no relacionamento entre ele e o seu pensamento e nunca com as demais coisas do mundo. Quando a outra pessoa fala de uma forma que expresse uma aparente discordância de seus conceitos, ao invés de acreditar nos valores que a mente confere àquela pessoa, trabalhe o seu relacionamento com o que é pensado. Ao invés de acreditar na ideia gerada pelo pensamento que diz que ela está discordando, torne-se neutro com relação ao que a mente está falando, ou seja, não aceite o que o outro diz como um ataque às suas ideias. Para fazer isso deixe de ouvir e comece apenas a escutar.
Escutar é deixar o som penetrar por um ouvido; ouvir é acreditar na análise que a mente faz sobre o que foi dito por outras pessoas.  O problema é que vocês sempre querem agir, ou seja, querem reagir ao que o outro está fazendo.
Para aquele que busca a elevação espiritual a única ação que leva a algum lugar é aquela que é realizada no relacionamento com a mente e não com os outros. Por isso, para esses a única reação que serve como caminho para a reforma íntima é aquela que é executada com relação ao que o pensamento está dizendo. Por isto, concentra-se apenas em escutar o que é dito pela mente, ao invés de escutar o que o outro diz; concentra-se em reagir à propositura mental e não ao que está acontecendo externamente.
Isso você pode fazer, mas nunca através de um processo racional, ou seja, nunca terá pensamentos que alerte para que ouça apenas o que é dito pela mente. Por quê? Porque a mente é expressão do sistema humano de vida. Por esse motivo está presa na busca de um saber, de uma compreensão.
A função da mente é gerar novas verdades, novos conceitos. Por isso, sempre que algum som penetra pelo ouvido precisa analisa-lo e gerar conclusões. Essas conclusões transformam-se em novos conceitos que servirão no futuro para análise de novas coisas que serão ouvidas.
Repare: quando a mente conceitua uma pessoa, sempre usa esta informação para analisar o que fará futuramente. Quando é criado o rótulo de discordante para alguém, mesmo que no futuro essa pessoa venha a concordar com você, a concordância será posta em cheque. Isso porque o rótulo que foi aplicado antes será usado para conceituar a pessoa nesse momento. Chamamos a essa utilização de conceitos formados anteriormente de pré-conceito.
 Quando você aceita um pré-conceito, a mente arquiva na memória a informação aceita. Nesse momento se armou para mais tarde usar como munição para o egoísmo através das características do sistema humano de vida (normas, obrigações e necessidades) para acabar com a neutralidade. Se a mente pré conceituou alguém como amigo, por exemplo, elogiará suas atitudes; pré conceituando como discordante, tratará o que ela disser como um ataque aos seus conceitos. Você, que não se lembra da criação da formação do pré-conceito e que acredita na avaliação daquela pessoa, então, não terá como fugir da ação da mente. Ou seja, viverá o prazer ou a discordância que se seguirá ao que a mente afirmar.
Portanto, se quer conviver harmonicamente com a sua vida, no momento em que a mente disser que aquela pessoa está discordando não acredite nisso. Se fizer, além de viver esse momento em dissonância com a vida, transformará a afirmação em uma arma que será usada futuramente para ferir a sua harmonia.

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