REVOLUÇÃO ANÁRQUICA ESPIRITUALISTA

Recentemente convidamos todos a participar de uma revolução anárquica espiritualista. Com isso nos tornamos responsáveis por todos aqueles que aceitarem o convite. Por isso precisamos ajudá-los na identificação dos alvos e na mira perfeita. Só assim eles poderão vencer essa batalha e viverem uma existência em paz, harmonia e felicidade

É isso que vamos fazer nesse blog. Em cada postagem um alvo e uma munição para vencer a batalha contra o mundo.


quinta-feira, 25 de julho de 2019

LIVRE ARBÍTRIO


Participante: Joaquim, pensando na questão da responsabilidade e do livre arbítrio ...

Antes de me fazer a sua pergunta, lhe pergunto: partindo da premissa que você é um espírito e não um ser humano, qual o seu livre arbítrio?
Participante: é a minha escolha ...
Mas, que escolha?
Participante: pelo caminho que eu julgo reto...
Desculpe, mas não é esse o seu livre arbítrio. Segundo O Livro dos Espíritos não é essa a liberdade de opção que você possui.
Segundo esse livro, você tem dois livre arbítrios. O primeiro existe antes de encarnar. Nesse momento o espírito pede o gênero das provas que irá passar. Ainda segundo esse livro, quando perguntado sobre fatalidade, é ensinado que a escolha do espírito gera para ele uma espécie de destino. Portanto, ao se utilizar do seu livre arbítrio antes de encarnar escolhe seu gênero de provas; essa escolha gera automaticamente um destino, uma sequência de acontecimentos que fatalmente acontecerão.
Acontece que na questão que fala sobre fatalidade existe a afirmação que você possui mais um livre arbítrio. O Espírito da Verdade diz que com relação à prova moral o espírito é livre para optar entre o bem e o mal.
Sendo assim, é preciso compreender que antes da vida você possui o arbítrio de escolher as provas e com isso gerar um destino pré-determinado. Depois que encarna, ao viver o destino escolhido, tem o direito de optar entre o bem e o mal.
O que é o bem? Deus. É estar em paz e harmonizado com o mundo. O que é o mal? Ranger de dentes, sofrer, se achar obrigado, responsável, ter que fazer.
Portanto, esqueça o livre arbítrio que imagina que tem com relação à sua família. Os membros dela são espíritos e eles escolheram seus gêneros de provas antes de encarnar. Ao fazer isso, a fatalidade gerará uma determinada vida. Por isso, ao invés de se preocupar com o que pode acontecer com eles, aprenda a estar em paz e harmonizado com o que eles estão vivendo como fruto do pedido que fizeram antes da encarnação.
Só fiz este esclarecimento para não nos confundirmos na questão do livre arbítrio. Continue, por favor.
Participante: qual a função de um pai e de uma mãe que apesar de dar tudo para o filho acaba vendo ele ir para o caminho das drogas? Dar tudo, e não falo de coisas materiais, não está dentro da responsabilidade que estamos falando?
Não, tudo que você dará para ele não tem nada a ver com a vida de agora, não é criado nesse momento. Tudo que der ao seu filho tem que estar de acordo com as provas que ele mesmo pediu para si.
O bom pai não pode ser considerado aquele que dá educação moral humana ou comida para o filho. Isso porque se tal atitude não estiver na fatalidade da vida do filho, ou seja, se não for o resultado do que pediu antes de encarnar, estaria interferindo na encarnação dele.
Participante: como, então, saber isso?
Tendo a consciência de que exatamente o que um pai dá para o seu filho é o que ele precisa, o resultado perfeito do que foi pedido antes de encarnar. Se o pai dá escola, alimentação e educação é o que o filho precisa. Agora, se não dá nada disso, é aquilo que o filho precisava.
Participante: mas, uma postura ou outra é resultado de uma escolha, não?
Sim, mas de uma escolha antes da encarnação.
Participante: mas, e no aqui e agora?
No aqui e agora o ser encarnado só tem um livre arbítrio: optar entre viver o que faz de uma forma harmônica, amando a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ou viver esse acontecimento criticando alguém e o que ele faz.
O problema é que o sistema humano de vida diz que você é autônomo com relação a Deus, mesmo quando todos os mestres ensinaram que não cai uma folha da árvore sem que o Pai faça cair. Cristo falou ainda: vocês não podem fazer um fio da cabeça ficar branco. Apesar disso, ainda querem gerar um futuro, para si e para os outros, durante a vida carnal.
Além desses ensinamentos, em O Livro dos Espíritos se pergunta se o espírito pode pedir a sua prova durante a encarnação. A resposta é não. A justificativa que o Espírito da verdade dá para esta resposta é que quando encarnado há outra intenção que motiva o ser.
Saiba que a intenção do espírito não tem nada a ver com a do ser humano. A intenção humana é ganhar, ter o prazer, ser reconhecido como bom, certo e ser elogiado, enquanto que o objetivo do espírito é viver a maior quantidade possível de provas para poder progredir espiritualmente.
Não sei se você já leu a literatura espírita, mas nela há informações de espíritos que pedem para nascer cego, surdo, mudo, sem as pernas e braços. Faz isso porque quer a prova e não o bem estar humano. Apesar de já terem tido acesso a essa informação, se um espírito nasce perfeito, mas tem um pai que não lhe dá comida, você ainda acha errado o que este pai faz.
Este é que é o problema. O sistema humano de vida cria um ideal de vida e esse ideal – o certo, o bom e o bonito humano – não tem nada a ver com o espiritual. O espírito quer para ele tudo que puder ter para evoluir. O ser humano quer tudo o que seja bom para esta vida, sem se preocupar se o bom desta vida será bom para a outra.
Para poder ter o bom, prende-se a obrigações e necessidades nessa vida. Acha que com isso está mostrando responsabilidade. Só que não vê que com isso está sendo completamente irresponsável com a única coisa pela qual é responsável: amar. A única responsabilidade que um espírito tem, encarnado ou não, é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Participante: a questão é o limiar entre uma coisa e outra. É normal na literatura se ver pessoas que estão no caminho errado serem resgatas para o caminho certo.
Desculpa, mas se há uma fatalidade, ou seja, se há algo pré-definido, este resgaste também está pré-definido. Ele só acontecerá quando estiver programado e não porque o espírito pediu para ser socorrido ou porque os socorristas acharam que deveriam ajudar aquele ser.
Sendo Deus Causa Primária de todas as coisas, Justiça Perfeita e Amor Sublime, não pode acontecer nada errado ou maldoso. Portanto, tudo o que alguém fizer para o outro deveria acontecer.
Participante: mas, se a pessoa não faz mais aquilo, se ela se muda?
Se a pessoa se muda é porque Deus causou que isso acontecesse e isso deveria ter acontecido. Mais: deveria ter acontecido naquele momento. Nada ocorre antes ou depois da hora.
Sendo assim, o resgate estava pré-programado...

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